Tendências para o varejo em 2015
Júlio Takano, presidente da ABIESV e diretor da Kahawara Takano Soluções para o Varejo, já está pensando no que o próximo ano vai trazer para o setor. O Sindilojas Porto Alegre entrevistou Takano e outras…
Júlio Takano, presidente da ABIESV e diretor da Kahawara Takano Soluções para o Varejo, já está pensando no que o próximo ano vai trazer para o setor. O Sindilojas Porto Alegre entrevistou Takano e outras personalidades do varejo para saber quais são suas opiniões sobre as tendências de 2015. A entrevista completa sobre o assunto estará na edição de dezembro da revista Conexão Varejo. Confira:
1) Quais as principais tendências que vão influenciar o varejo em 2015 e no que o lojista não pode deixar de se focar?
O desejo de cuidar melhor de si mesmo é a tendência de comportamento mais poderosa das últimas décadas e os lojistas devem estar atentos a isso, estudando os estilos de vida de seus clientes e oferecendo a eles lojas que estejam conectadas a esse cenário. Com isso, o ponto de venda auxilia a cristalizar a tendência com ferramentas de arquitetura de varejo e visual merchandising utilizando materiais inovadores, iluminação que hipervaloriza os produtos, sonorização que constrói um DNA auditivo e cenografia que encanta o cliente. Não esquecendo da aromatização que cristaliza o DNA olfativo. Esse último quando associado a experiências encantadoras podem ficar gravados na mente do consumidor por até 40 anos.
2) Quais áreas mais vão trazer inovação para esse setor? Onde ele mais muda, na sua opinião?
As áreas que tendem a trazer mais inovação serão as que auxiliarão a cristalizar o posicionamento estratégico de uma marca e seu poder de tradução do estilo de vida de seus clientes alvo. Por isso o Branding, Planejamento Estratégico, Desenvolvimento de Produtos, Recursos Humanos, Arquitetura de Varejo e Visual Merchandising devem ser monitorados atentamente, pois evoluirão muito nos próximos anos.
3) Quais estilos de loja vão se destacar?
As lojas que irão se destacar serão as que oferecerem:
Diferenciação – Com estratégia global e conseguindo se diferenciar localmente de acordo com as culturas e tradições. É preciso estudar profundamente os costumes e desenvolver produtos e soluções adequadas às regiões de atuação, estabelecendo conexão emocional e gerando fidelização.
Experiência – Cada vez mais as lojas estão combinando, moda, gastronomia e entretenimento no sentido de criar produtos, além de soluções e serviços para estabelecer conexão com o estilo de vida de seus clientes.
Simplicidade – O simples vence o complexo.
Produtividade – Esse é um dos vetores a serem perseguidos constantemente. Para isso o acompanhamento mensal da rentabilidade por m² e o planejamento da gestão de estoque para eliminar rupturas no ponto de venda são fundamentais.
Engajamento – Ter uma equipe apaixonada pelo que faz, constrói consultores e não entregadores de produtos e certamente encanta clientes.
Relacionamento – Clientes encantados com o atendimento dos consultores de vendas se sentem mais à vontade e são multiplicadores.
Tecnologia – Pesquisas recentes mostram que a tecnologia como ferramenta de experimentação institucional tem acesso abaixo de 1,5% no ponto de venda, por isso a tecnologia tende a ser usada como ferramenta comercial. Serve para auxiliar os clientes a ter acesso a todo o portfólio de produtos e soluções que por impossibilidade de espaço não podem ser expostos na área de vendas, auxiliando no incremento da curva ABC de produtos.
Autenticidade – Ter um DNA próprio é fundamental.
Relevância – Como diz o famoso ditado “quem tem boca vai à Roma”, complemento “quem tem informação vai além”. Ter relevância significa ter informação que nos leva além do que imaginávamos e com isso nossos clientes nos seguem.