Vendas de smartphones e tablets crescem mais que 100% em 2013
“A expansão vai continuar porque a classe C não entrou de vez no setor. Ela vai nos dar oportunidade de crescer porque adquire o dispositivo mais básico e, depois de um ano, vai comprar um…
“A expansão vai continuar porque a classe C não entrou de vez no setor. Ela vai nos dar oportunidade de crescer porque adquire o dispositivo mais básico e, depois de um ano, vai comprar um melhor.”
Graduação à distância
Com a educação se consolidando como investimento prioritário para os brasileiros, a graduação à distância deve crescer 15% em número de matrículas em 2013. A estimativa é da Abed (Associação Brasileira de Ensino a Distância).
Em pesquisa feita em maio pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), para conhecer as prioridades dos jovens, a educação foi o item mais citado pelos participantes (85,2%), que tinham entre 15 e 29 anos.
O diretor da Abed, Luciano Sathler, explica que, ao se tornar indispensável, o setor não foi afetado pelo crédito mais caro ou pela inflação alta. A ascensão da classe C, afirma, ajudou a garantir o resultado.
“O brasileiro está se endividando para estudar. Quando há avanço nas classes, as pessoas percebem que, após suprir necessidades básicas, podem mirar mais alto.”
O número de matrículas na graduação à distância aumentou de 5.359 em 2001 para 1.113.850 em 2012, segundo o Censo da Educação Superior de 2012, realizado pelo Inep.
A modalidade cresce em ritmo superior ao do ensino presencial. Entre 2011 e 2012, as matrículas da graduação à distância cresceram 12,2%, contra 3,3% da presencial. A expectativa da Abed é chegar a cinco milhões de alunos da graduação à distância em 2022.
A esperança de crescimento ficou clara na expansão de empresas do setor. “Tudo o que está acontecendo na bolsa de valores, a abertura de capital do Grupo Ser, a fusão de Anhanguera e Kroton estão baseados no crescimento esperado”, afirma Sathler.
Estima-se, segundo a Abed, que 30 milhões de pessoas ainda possam aderir ao ensino à distância. São brasileiros com idade média de 28 anos, que trabalham e não conseguiram fazer o ensino superior no período normal, entre os 18 e 24 anos.
Pela flexibilidade dos cursos, que permitem o estudo em horários alternativos, e os preços menores, esse tipo de graduação agradaria aos trabalhadores.
TV por assinatura
O mercado de TV por assinatura deve crescer 13% em número de assinantes neste ano, segundo o presidente da ABTA (associação de televisão por Assinatura), Oscar Simões.
De acordo a associação, em outubro do ano passado havia 15,7 milhões de usuários, diante de 17,7 milhões em outubro de 2013.
Para Simões, o resultado é consequência da entrada de novas empresas no mercado, o que tornou os preços mais competitivos e melhorou o custo-benefício. “Pelo preço de um par de ingressos inteiros no cinema, você compra um pacote de TV por assinatura”, diz.
Um estudo sobre confiança do consumidor, realizado entre agosto e setembro pelo instituto de pesquisa Nielsen, indica a preferência. Quando perguntados “Quais das seguintes medidas você tomou para reduzir despesas domésticas?”, 58% dos entrevistados responderam “reduzir entretenimento fora do lar”, enquanto apenas 23% disseram “reduzir o entretenimento no lar”.
Simões afirma que a inflação e o endividamento maiores não afetaram o setor porque o nível de emprego não caiu – ao contrário, em dezembro registrou-se a menor taxa de desemprego na série histórica do IBGE. “O produto é sensível. Se houver queda na renda, vai prejudicar. Enquanto a atividade econômica estiver no pleno emprego, a ameaça é menor.”
As expectativas para os próximos anos é que o crescimento se mantenha, apesar das novas ofertas de vídeo, como o download de filmes.
“As novas formas não podem ser ignoradas, mas ainda são complementares. Com toda essa expansão, a TV por assinatura está só em 30% dos lares. Há espaço para crescer”, afirma.