Gaúchos estão menos endividados, aponta pesquisa da Fecomércio-RS

Desempenho do mercado de trabalho e a desaceleração do crédito contribuem para o recuo

O percentual de famílias que possui contas ou dívidas contratadas apresentou queda no mês de julho de 2013 em relação ao mesmo período do ano passado. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), produzida pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e divulgada nesta quinta-feira pela Fecomércio-RS, mostrou que 60,3% das famílias gaúchas estiveram endividadas no mês passado, enquanto em julho de 2012 o percentual foi de 66,1%. No entanto, quando comparado com o mês de junho de 2013, o índice registrou aumento, uma vez que o patamar havia sido de 56,6%.

Outro índice em queda, conforme a Peic, foi o percentual de famílias com contas em atraso, que em julho de 2013 apresentou índice de 22,3%, enquanto no ano anterior foi de 27,4%. O percentual de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas em atraso em 30 dias atingiu 8% em julho, apresentando elevação em relação ao mesmo período do ano passado (3,5%). A elevação é determinada pelo valor atipicamente baixo do indicador em julho de 2012 associada à sua variabilidade usual.

Para o presidente do Sistema Fecomércio- -RS, Zildo De Marchi, o cenário aponta uma tendência natural e saudável do contexto de endividamento. “Apesar da elevação dos juros recente, que pode impactar negativamente a inadimplência, não há sinais de que o percentual de contas em atraso esteja em trajetória de aumento”, apontou o dirigente.

Segundo a análise da Fecomércio-RS, o bom desempenho do mercado de trabalho na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) e a desaceleração do crédito e do endividamento das famílias em 2013 contribuem para que a inadimplência diminua em relação aos índices elevados de 2012. De acordo com a pesquisa, o cartão de crédito continua sendo o principal meio de dívida das famílias gaúchas (70,0%), seguido pelo uso de carnês (19,5%) e do crédito pessoal (8,5%). Como os percentuais são calculados sobre o total de famílias, e cada família pode ter mais de um tipo de dívida, a soma supera os 100%.

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