Conta de luz mais barata ajuda a frear alta dos preços e inflação oficial marca 0,60% em fevereiro

Taxa acumulada em 12 meses é de 6,31%, longe do centro da meta do governo

O barateamento da conta de luz em janeiro ajudou a frear a escalada dos preços e a inflação oficial fechou fevereiro a 0,60%, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (8).

Os preços subiram em ritmo menor em relação a janeiro, quando o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) marcou 0,86%.

Com isso, o índice acumulado nos últimos 12 meses é de 6,31%, acima dos 6,15% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores. O resultado demonstra também que a taxa está longe do centro da meta do governo, de 4,5%.

Chama-se “centro” porque há uma “margem de segurança”, que permite ao índice ficar dois pontos percentuais acima ou dois abaixo. Dessa forma, o índice ainda estará “sob controle” se ficar entre 2,5% e 6,5%.

Mesmo com o aumento de 2,26% do aluguel e de 1,33% do condomínio, as tarifas de energia ficaram 15,17% mais baratas em fevereiro, o que ajudou a reduzir as despesas com habitação em 2,83% em fevereiro.

Entre os vilões, a educação teve o maior reajuste, de 5,40%, trazido especialmente pela alta nas mensalidades.

Os transportes também exigiram mais do bolso do consumidor, com alta de 0,81% em fevereiro. A elevação partiu do aumento dos combustíveis e da recomposição do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos carros novos.

Os preços também subiram no vestuário (alta de 0,55% em fevereiro) e na comunicação (0,10%).

Os gastos com comida pesaram bastante, mesmo com os preços subindo em ritmo menor. A taxa de 1,45% é inferior à de 1,99% em janeiro, mas o grupo foi responsável por 58% do IPCA de fevereiro.

No grupo despesas pessoais, a alta de 1,12% no salário das domésticas não foi suficiente para acelerar os preços, que subiram em ritmo menor ( 0,57% contra 1,55% do mês anterior).
Também subiram em ritmo menos os preços dos artigos de residência (0,53%) e saúde e cuidados pessoais (0,65%).

Desafio

A inflação tem sido um desafio do governo Dilma Rousseff. Em entrevista a rádios do Paraná em janeiro, a presidente prometeu conter o reajuste dos preços em 2013 por conta da redução das tarifas de energia elétrica e de outras desonerações.

Questionada sobre o impacto do aumento da gasolina e do diesel sobre a inflação, Dilma disse que ele é compensado com folga pela redução das tarifas de energia.

Na última quarta-feira (6), o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu manter, pela terceira vez seguida, a menor taxa básica de juros (Selic) que o Brasil já teve na história, de 7,25%.

A estabilidade da Selic é a aposta do governo para garantir que a inflação alcance os 4,5% do centro da meta, já que a taxa básica de juros é um instrumento do governo para segurar a oferta de crédito de bancos, financeiras e das próprias lojas, ou seja, para estimular ou frear o consumo e, assim, controlar o avanço natural dos preços.

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