O Negócio da Moda RS reuniu empresários e discutiu mercado brasileiro da moda

CEOs e especialistas das principais marcas de moda do centro do país compartilharam suas visões estratégicas de gestão de negócio nesta quinta-feira (12) em Porto Alegre, no Seminário O Negócio da Moda…

CEOs e especialistas das principais marcas de moda do centro do país compartilharam suas visões estratégicas de gestão de negócio nesta quinta-feira (12) em Porto Alegre, no Seminário O Negócio da Moda RS. O evento aconteceu na Casa Vetro e recebeu mais de 400 empresários que conheceram cases de sucesso de marcas como Havaianas, Ellus, Richards e Farm.
Segundo os palestrantes, o grande crescimento do e-commerce e a concorrência com o mercado global são os principais desafios do segmento no Brasil. O seminário é realizado pela Azov, Spirito Santo, Implementa e Sebrae-RS e lojistas associados ao Sindilojas Porto Alegre receberam desconto na inscrição.

Veja um resumo das palestras:

Flávio Nijis – Diretor de E-commerce da Inbrands
Para Flávio, a lição a ser aprendida por aqueles que desejam empreender com suas marcas na internet é básica: o e-commerce é um processo singular, merecendo planejamento e estratégia próprias no cronograma da empresa. Quando o posicionamento digital se confunde com outros setores, a possibilidade de erros é maior. Ele aposta no relacionamento de marca acima de tudo, já que o envolvimento pela internet pode aumentar as vendas em até quatro vezes no mercado da moda. Flávio ilustra: “não se faz download de uma calça ou uma camiseta, mas na configuração atual a loja física é apenas um complemento para a experiência do consumidor, não uma concorrente, por isso cada um merece um olhar diferente”.

Rui Porto – Diretor de Comunicação da Alpargatas/Havaianas
Ícone de brasilidade, as Havaianas são um dos maiores cases de sucesso de marca: de produto renegado a formador de categoria, as sandálias de borracha unem alegria e conforto em um estilo solto e casual. É justamente pela conexão emocional com diversos perfis de público que o produto tornou-se ícone da moda, fortalecendo sua identidade e apelo em múltiplos nichos. “Reinventar e inovar foram desafios que abraçamos, mas o condutor destes processos sempre foi a opinião do consumidor. Esta é nossa regra”, pontua Rui.
Marcello Bastos – Sócio-diretor da Farm
A fórmula de sucesso que transformou a Farm em uma lovebrand em todo o país foi traduzir a estética carioca em peças de estilo para todas as brasileiras. O exemplo compartilhado por Marcello é direto: o que sustenta um bom negócio é o produto, pois é ele que gera desejo. “Atendimento é importante, PDV é estratégico, mas é pra comprar o produto dos sonhos que a gente sempre dá um jeitinho”, brinca. Aliar tecnologia a uma linguagem visual simpática é o que fortalece as vendas on-line da marca, que até 2016 planeja efetivar 40% do volume de vendas pela internet.

Luiz Antonio Secco – Diretor da Azov-RJ
Secco é um dos maiores consultores do varejo de moda no país. Embasado em pesquisas do segmento, ele chancela um fenômeno já estabelecido: moda se vende pela internet, com cada vez mais força e frequência. Para ele, o varejo não é científico e, portanto, regrado em uma fórmula padrão, mas sim uma constante ação de tentativa e erro, cujo diferencial é compreender as tendências de consumo para aproximar-se do acerto. Os vetores de crescimento do mercado de moda, segundo Secco, são: franquias, e-commerce e shopping centers. “São por estes caminhos que marcas cada vez mais profissionalizadas e experientes vão promover expansões bem sucedidas”, reitera.

Edson D’Aguano – Diretor-Presidente da Consultive Branding
Ganhar dinheiro e ser feliz é, para Edson, o ideal de vida compartilhado por qualquer empreendedor. O sucesso reside em gerar valor através da aposta em soluções inéditas e relevantes para os clientes. Esta é a força de uma marca. “Posicionar-se com maestria no mercado é estratégico e fundamental, contudo, para o mercado da moda, a mudança é o catalisador do sucesso, já que reinventar-se constantemente é o diferencial”, ressalta Edson. A mudança de que fala é, sobretudo, com vistas ao profissionalismo e competitividade para encarar grandes marcas internacionais que avançam no mercado nacional.

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