Classe C ganha 40,3 milhões de brasileiros em sete anos
Crescimento de 64,3% fez classe passar a representar 54% da população
O número de brasileiros que ascenderam à classe C no Brasil chegou a 40,3 milhões em sete anos. Segundo o estudo “O Observador Brasil 2012”, divulgado nesta quinta-feira, a classe média brasileira passou 62.702.248 para 103.054.685 de pessoas entre 2005 e 2011 – alta de 64,3%.
O levantamento mostra que a classe C passou de 34% para 54% da população e se tornou a maior classe econômica do país. No mesmo período, as classes A e B cresceram de 15% para 22% dos brasileiros e e as classes D e E caíram 51% para 24% do total.
A metodologia utilizada para classificar os brasileiros no estudo da Cetelem BGN, empresa do grupo BNP Paribas, foi o Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB). Comumente tratado por Critério Brasil, ele estima o poder de compra dos indivíduos e famílias urbanas, dividindo-os por classes econômicas (A1, A2, B1, B2, C, D, E) com base nos bens domiciliares (como geladeira, televisão e máquina de lavar) e no grau de escolaridade do chefe de família.
Foram realizadas 1,5 mil entrevistas com pessoas com 16 anos ou mais em 70 cidades do país – sendo nove regiões metropolitanas – entre 17 e 23 de dezembro de 2011.
Desenvolvido em parceria com a Ipsos Public Affairs, a pesquisa mostra que a renda média familiar brasileira cresceu entre 2005 e 2011. A renda da classe média passou de 1.107 reais para 1.450 reais – alta de 30,9% – no período e a renda geral da população aumentou de 974 reais para 1.618 reais – crescimento de 66,1%.
Entre 2010 e 2011, o aumento da renda média familiar geral foi impulsionada pela classe C. A renda dos integrantes da classe C passou de 1.338 reais para 1.450 reais, única faixa da população em que foi observado crescimento. Nas classes A e B a renda média familiar caiu de 2.983 reais para 2.907 reais e, nas classes D e E, baixou de 809 reais para 792 reais.