Novas empresas e projetos de ampliação limitam oferta de imóveis comerciais na Capital

Carência de imóveis é ainda maior para áreas acima de 500 metros quadrados

Os negócios no Estado prosperaram, apareceu a necessidade de contratar mais funcionários, e a catarinense Domínio Sistemas se viu forçada a procurar um endereço mais amplo em Porto Alegre. A tarefa, no entanto, foi árdua. Foram mais de quatro meses esquadrinhando imóveis comerciais em pontos nobres da Capital até encontrar um andar inteiro em um prédio na esquina das avenidas Carlos Gomes e Nilo Peçanha, um dos pontos mais valorizados da cidade.

A penosa busca da Domínio Sistemas ilustra a escassez de oferta de escritórios de alto padrão em Porto Alegre detectada por uma pesquisa da consultoria de serviços imobiliários norte-americana Cushman & Wakefield. A taxa de vacância em Porto Alegre no último trimestre do ano passado foi de apenas 3,8%, enquanto a média nacional entre sete capitais analisadas ficou em 7,8%. Na comparação com as demais cidades, apenas Brasília teve um percentual menor, 2,5%. — As novas ofertas não estão dando vazão à demanda. O ponto de equilíbrio é uma vacância entre 8% e 12% — diz Mariana Hanania, gerente de Pesquisa de Mercado para América do Sul da Cushman & Wakefield.

Para as imobiliárias locais, além do reduzido número de novos espaços para locação, a chegada de multinacionais e companhias de outros Estados à Capital e até mesmo a necessidade de ampliação de espaços por parte de empresas gaúchas colaboram para a escassez.

O gerente de Aluguel Corporate da Auxiliadora Predial, Mercelo Feijó, observa que antes as empresas buscavam escritórios mais amplos e costumavam desocupar os imóveis onde estavam. Agora, além de novas salas e andares inteiros, boa parte dos inquilinos não abre mão dos espaços já utilizados. E a carência de imóveis, relata Feijó, é ainda maior para áreas acima de 500 metros quadrados.

Para a gerente comercial de locações da Guarida, Milena Machado, os incentivos à casa própria também influenciaram o cenário. — A construção civil esteve mais voltada ao segmento residencial, mas enquanto isso a demanda de espaços comerciais cresceu significativamente de dois anos para cá — ressalta.

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