Desemprego no Brasil é menor que em países ricos
Pela primeira vez, o Brasil apresenta taxa de desemprego abaixo dos países ricos e, pelo menos nas áreas metropolitanas, inferior à média mundial. Além disso, um jovem em busca de emprego encontrará uma…
Pela primeira vez, o Brasil apresenta taxa de desemprego abaixo dos países ricos e, pelo menos nas áreas metropolitanas, inferior à média mundial. Além disso, um jovem em busca de emprego encontrará uma oportunidade mais facilmente no Brasil do que nas grandes cidades europeias ou americanas.
Também de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), há mais jovens desempregados nos Estados Unidos e na Europa que no Brasil. O problema aqui é que a qualidade dos empregos é baixa e o mercado nacional não consegue gerar maior produtividade, que começa a ser superado pelos chineses.
O fenômeno da troca de posições entre emergentes e ricos é o espelho de uma situação no mercado de trabalho que tem surpreendido até mesmo os especialistas. O desemprego não caiu nos países ricos, apesar do fim da recessão, enquanto em algumas das grandes economias emergentes chega a faltar mão de obra. – Hoje, o Brasil está em situação melhor que antes da crise em termos de geração de emprego – afirma Theo Sparreboom, economista da OIT.
Antes da crise, em 2007, a taxa de desemprego no Brasil era de 8,2%. Hoje, é de 5,7%. Em 2007, o mundo apresentava desemprego de 5,6%. Hoje, chega a 6,2%. Nos países ricos, a taxa é de 8,8% em 2010, ante meros 5,8% em 2007. “O Brasil é um dos raros casos onde há uma tendência contrária ao que ocorre pelo mundo”, informa a OIT. Conforme o governo brasileiro, 2,5 milhões de empregos formais foram criados em 2010.
Segundo a OIT, porém, nem tudo é positivo no Brasil. Apesar da explosão do número de empregos, a qualidade dos trabalhos, salários e proteção social ainda são problemas que o país terá de enfrentar.