Sem avanço, aeroviários prometem parar amanhã

Com o impasse na rodada de negociações realizada ontem, aeroviários e aeronautas mantêm a proposta de iniciar greve amanhã, antevéspera de Natal. Representantes de companhias aéreas e de sindicatos de…

Com o impasse na rodada de negociações realizada ontem, aeroviários e aeronautas mantêm a proposta de iniciar greve amanhã, antevéspera de Natal. Representantes de companhias aéreas e de sindicatos de trabalhadores estiveram reunidos em Brasília em encontro intermediado pelo Ministério Público do Trabalho.

Na expectativa de nova proposta, os trabalhadores marcaram assembleia para as 5h de amanhã. – Até agora, as empresas não fizeram nenhuma proposta diferente – disse a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, referindo-se à reunião realizada em Brasília.

O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) informou que foi oferecido no encontro mais 0,5 ponto percentual de reajuste para o salário de dezembro e o 13º, além do reajuste salarial de 6,08%, que já estaria sendo pago às duas categorias, referente à inflação do período medida pelo Índice Nacional dos Preços ao Consumidor. Mesmo com a proposta rejeitada, a negociação segue aberta, informou no Snea.

Segundo o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Sergio Dias, a categoria, por decisão votada em assembleia, só irá negociar com as companhias reajuste de no mínimo 15%. Para os aeroviários, o mínimo reajuste negociável é de 13%. – Isso nem pode ser considerado uma proposta (de 6,08% para 6,58%). Não acreditamos que vá mudar o ânimo dos aeronautas – reagiu Dias.

Conforme o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Marcelo Schmidt, a categoria sabe do transtorno que a paralisação causará, mas os trabalhadores estão dispostos a manter o movimento. No entanto, ressaltou, a paralisação não será total: – Vamos operar no nível mínimo.

O sindicato das empresas saiu da reunião confiante de que os trabalhadores não estão articulados o bastante. – Temos convicção de que não vão fazer paralisação na véspera do Natal. Temos confiança no elevado espírito profissional dos aeroviários – afirmou Odilon Junqueira, consultor do Snea.
De acordo com os sindicalistas, o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira (PDT/SP), marcou para hoje reunião com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, para tentar encontrar uma solução para o impasse.

O Ministério da Defesa ameaça endurecer em caso de greve. O ministro Nelson Jobim determinou que a Agência Nacional de Aviação Civil dobre a fiscalização das companhias aéreas e já avisou que, se houver tumulto nos aeroportos, os sindicatos serão penalizados.

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