Natal da década

Dois dos maiores representantes do varejo gaúcho não perderam o sono com as medidas de restrição ao crédito anunciadas pelo governo. Se bater no consumo, talvez isso só ocorra em 2011, sem falar que o…

Dois dos maiores representantes do varejo gaúcho não perderam o sono com as medidas de restrição ao crédito anunciadas pelo governo. Se bater no consumo, talvez isso só ocorra em 2011, sem falar que o segmento mais visado de forma direta, por enquanto, parece ser o automobilístico. Ou seja, tanto os eletrônicos e outros produtos vendidos nas 340 Lojas Colombo quanto moda, calçados e acessórios negociados nas 131 da Renner, parecem, pelo menos agora, livres do corte, que vai retirar do mercado R$ 61 bilhões em circulação. Tanto Adelino Colombo, da rede que leva seu nome, quanto José Galló, da Renner, respiraram aliviados. Em outras palavras, está garantido o Natal da década.

No momento, nem a perspectiva de alta na taxa de juro, provavelmente não nesta última reunião do ano do Copom que começa hoje mas a partir de janeiro, escurece um pouco o panorama vislumbrado pelos dirigentes do comércio. Isso embora Galló e Adelino reconheçam que, em alguns casos e em setores previamente identificados, o nível de endividamento do brasileiro já preocupa.

O momento é o de planejar o que se espera de 2011, mais um ano de expansão da economia. Na Renner, mais 30 lojas ante as 14 abertas em 2010. Na Colombo, ano também de ampliação da rede.

Ano também de novo governo com as esperanças que se criam a partir da posse dos governantes. Enquanto Adelino reforça a continuidade da atual política econômica, Galló vai mais adiante e se preocupa com a desindustrialização, câmbio e falta de capacitação dos trabalhadores e aumentos salariais acima da inflação. Entraves que podem começar a ser enfrentados com a adoção da reforma tributária.

Embora o pleito seja inquestionável de A a Z, nem Adelino e nem Galló levam muita fé de que esse passo importante para a economia brasileira possa ser vislumbrado agora. Por mexer com interesses da União, Estados e municípios que não admitem perder um único real, só com pressão para se enxergar uma luz no fim deste túnel que, com o novo governo, bem que merecia panorama pouco mais otimista.

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