Relator avalia reajuste do mínimo para R$ 570

Apesar de o governo defender o salário mínimo de R$ 540 em 2011, o relator do orçamento no Congresso, senador Gim Argello (PTB-DF), admitiu ontem que existe margem para elevar o valor até R$ 570. A…

Apesar de o governo defender o salário mínimo de R$ 540 em 2011, o relator do orçamento no Congresso, senador Gim Argello (PTB-DF), admitiu ontem que existe margem para elevar o valor até R$ 570. A afirmação foi feita ontem em reunião fechada do conselho político da Presidência da República, que reúne líderes da base aliada no Congresso. – Se aumentar para R$ 560 ou R$ 570 no repique do ano que vem vai bater perto de R$ 700. É o certo isso? Acho que é o certo. Mas o problema todo, e temos que avaliar, é que chegou um abaixo-assinado de mais de 600 prefeituras dizendo que não dá para pagar – afirmou o senador.

Parte do áudio da reunião, cerca de 50 minutos, vazou para jornalistas na sala de imprensa do Palácio do Planalto, no térreo, sem que nenhum integrante da reunião soubesse. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do final da reunião. Entrou na sala, deu boa tarde aos integrantes do conselho e, imediatamente, o áudio foi cortado.

Argello afirmou que recebeu um pedido do ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, para que o reajuste não passe dos R$ 540. O receio é pelo impacto do aumento nas aposentadorias. – Quem tem de sentar e resolver essa equação é o ministro da Previdência, e ele me pediu: “fica no R$ 540, segura no R$ 540, e vamos ver o que é possível fazer. Não é pelo salário, mas pela Previdência – disse o senador.

Mais tarde, na posse da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Argello negou que trabalhe com o valor de R$ 570. Disse que apenas fez um questionamento ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, se esse valor era factível em 2011.

A ordem da cúpula do governo é não aprovar nada que represente despesas não previstas inicialmente. Mas o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, admitiu que o salário mínimo no próximo ano poderá ir além dos R$ 540 propostos pelo Executivo.

Na manhã de hoje em São Paulo, a Força Sindical e as demais centrais sindicais se reúnem com os ministros Paulo Bernardo e Carlos Gabas para discutir o reajuste do mínimo. As entidades sindicais pressionam por um piso nacional de R$ 580 e por um ganho de 9,1% para as demais aposentadorias.

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