Roupas masculinas passarão por padronização de tamanho em março
“Até julho o processo, que começou pelas meias há um ano, será finalizado”, afirma o presidente da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), Roberto Chadad. A expectativa é de que haja uma…
“Até julho o processo, que começou pelas meias há um ano, será finalizado”, afirma o presidente da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), Roberto Chadad. A expectativa é de que haja uma abertura maior para o comércio eletrônico de roupas, já em franca expansão. Números do E-bit, consultoria de comércio eletrônico, comprovam a tendência do consumo via internet. Em 2009, os brasileiros aumentaram em 108% o número de pedidos nas categorias moda e acessórios feitos via web.
O analista de sistemas Luiz Felipe Fontes Botelho engrossa as estatísticas e há mais de cinco anos recorre aos sites E-bay, Submarino, Americanas.com, Netshoes e Kitbag.com para compra de camisas, especialmente as de times de futebol. “Algumas são maiores, outras menores. Quando fica muito grande até uso menos e já teve casos de eu acabar vendendo para amigos roupas que não ficaram boas”, comenta. Para evitar erros, ele recorre à fita métrica. “Meço as camisas que já tenho e costumo comprar marcas que já conheço e que sei o tamanho”, afirma. Com um gasto mensal de cerca de R$ 100 na web com roupas, ele confessa que será beneficiado pela padronização dos modelos. “Existem roupas P que ainda ficam grandes em mim, então se tivesse uma referência para a minha estatura ficaria mais fácil”, avalia.
O grupo de estudos para definição das regras de padronagem das roupas femininas e masculinas já está sendo montado e até o início de março deve iniciar as pesquisas. “O comércio e a indústria em geral serão convidados a participar dos estudos. Com o projeto fechado será aberta a consulta pública em que toda a população poderá participar com sugestões”, afirma o diretor de tecnologia industrial da Abravest, Alexandre Gonçalves de Melo. As fábricas já estão se preparando para as mudanças. “Vai ser benéfico porque haverá uma referência, e isso dá início a uma organização do setor”, avalia Michel Aburachid, presidente do Sindicato Patronal da Indústria da Confecção (Sindivest-MG). Mas nem por isso as adaptações da moda deixarão de ser consideradas. “Tem fábrica que o estilo de roupa é para jovens então o cós da calça é mais baixo, outras para jovens senhoras em que a cintura é intermediária. A variedade será mantida”, avalia Aburachid.
O que diz o código
ART. 31 – A oferta e a apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidade, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores.