Classe C amplia comercialização de perfume e vestuário na internet

A popularização da banda larga entre as classes C e D deverá alavancar as vendas nas lojas virtuais do País – principalmente nas categorias de perfumaria, beleza, vestuário, casa e decoração. Para o…

A popularização da banda larga entre as classes C e D deverá alavancar as vendas nas lojas virtuais do País – principalmente nas categorias de perfumaria, beleza, vestuário, casa e decoração. Para o principal executivo do site de vendas Mercado Livre, Stelleo Tolda, os itens ligados à tecnologia ainda são os mais buscados pelos internautas, mas este cenário tende a mudar.

No balanço dos dez produtos mais vendidos no ano passado, alguns indicativos começaram a aparecer. As roupas masculinas apareceram na 7ª posição entre os produtos mais vendidos, sendo que há um ano, a categoria ocupava a 10ª colocação. Já os perfumes e fragrâncias, que não figuravam na lista passada, apareceram na última colocação.

“”Os itens relacionados a bem estar estão ganhando a preferência desses consumidores. As empresas que atuam no setor deverão estar atentas””, afirma Tolda. Além disso, o crescimento nas vendas de CDs, DVDs e livros, de tíquete médio baixo, indica também que novos consumidores estão comprando pela web.

Dados do IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau Brasil), apontam que no ano passado, ao menos 45% das famílias brasileiras de classe C tinham acesso à internet em suas residências. A entidade estima que esse índice é de 80% dos usuários das classes A e B e 25% nas classes D e E.

As iniciativas de popularização da banda larga no País deverão contribuir para que o Brasil atinja cerca de 15 milhões de conexões rápidas até o fim deste ano.

RANKING – Levantamento do Mercado Livre aponta que os smartphones foram os produtos mais comercializados no site em 2009, mantendo a colocação do ano anterior. Os aparelhos celulares e itens de telefonia foram responsáveis por 20% da venda anual. Em seguida, aparece informática, respondendo por 15%, e em terceiro, os acessórios para veículos, com 9%.

O tíquete médio atingiu US$ 100 em 2009, valor menor que as demais operações no mercado, pois são vendidos tanto itens novos como usados. O Mercado Livre tem 40 milhões de usuários na América Latina, sendo metade deles no País, que soma 60 milhões de internautas.

Para este ano, a empresa, que tem ações negociadas na Nasdaq, acredita que o e-commerce crescerá 30%. O balanço do ano passado ainda não foi concretizado pela consultoria e-bit, mas estima-se que o setor movimentou R$ 10,5 bilhões.

Mesbla e Renner terão lojas virtuais

A Mesbla, ícone do varejo brasileiro até o fim dos anos 1990 junto com o Mappin – ambos comandados pelo empresário Ricardo Mansur – arquiteta sua volta para o mercado em abril deste ano com operação no e-commerce.

Uma empresa chamada TeleMercantil comprou o direito de utilização da marca de Mansur por 20 anos, destinando ao empresário uma fatia do faturamento do negócio. O público feminino das classes A e B será o principal alvo da nova loja virtual, que até o fim de 2009 recebia o contato de pelo menos 80 fornecedores interessados em colocar seus produtos à venda nas páginas da Mesbla.

De acordo com Giuliano Pereira, diretor comercial da J3P, agência de publicidade que desenvolve o conceito do site, mais de 70 mil mulheres, inclusive do Grande ABC, foram convidadas para testar os serviços na loja.

A versão pontocom da Mesbla comercializará cosméticos, sapatos, bolsas, roupas e itens de tecnologia e eletroportáteis voltados para mulheres, distribuídos em 20 categorias. “”Para a volta, a marca poderá utilizar alguns slogans saudosistas””, diz Pereira. Ele endossa que no País, não existem muitas lojas virtuais dedicadas ao público feminino. Por isso, é grande a expectativa.

CONCORRÊNCIA – A gaúcha Lojas Renner também prepara para este ano o lançamento de seu portal para vender perfumes importados e relógios. O principal objetivo da rede comandada por José Galló será concorrer com a líder no segmento on-line, a Sack””””s. No ano passado, o executivo declarou que a loja virtual será lançada neste ano.

Por enquanto, a rede realiza testes, mas não tem previsão de quando a operação começará a funcionar. Nas mais de 100 lojas físicas pelo País, a Renner vende mais de 20 marcas de perfumes importados, parceláveis em cinco vezes sem juros, enquanto a Sack””””s divide as compras em até 12 vezes sem acréscimo de juros.

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