Jornada de 40h leva empresários a Brasília
A redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais e o acréscimo do percentual mínimo de remuneração das horas extras, passando de 50% para 75%, mobilizam empresários e centrais sindicais do…
A redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais e o acréscimo do percentual mínimo de remuneração das horas extras, passando de 50% para 75%, mobilizam empresários e centrais sindicais do RS. Esta semana comitivas de Fiergs e Fecomércio foram a Brasília para encontro com a bancada federal gaúcha. Os empresários apresentaram dados para tentar provar o ônus causado pela Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 231/95, que prevê redução da jornada. Para o vice-presidente da Fecomércio, Luiz Carlos Bohn, a alteração na lei vai gerar encarecimento da mão-de-obra e demissões. O presidente da Fiergs, Paulo Tigre, alerta “que essa questão é uma ameaça à geração de empregos e um estímulo à informalidade trabalhista na economia nacional”. Na prática, quando houve redução da jornada de 48 para 44 horas semanais, a taxa de desemprego passou de 8,7%, em 1989, para 17,2%, em 2005. Um estudo do Dieese contrapõe os argumentos dos empresários, ao apontar que a redução aumentará a produtividade. Nos últimos 20 anos, quando a jornada passou de 48 para 44 horas semanais, a produtividade se elevou em mais de 200%.