Vendas do comércio gaúcho caem 4,7% em janeiro, mostra Fecomércio-RS

Os efeitos da crise para o comércio gaúcho deixaram de ser especulação para virar realidade na vida dos empresários. A mais recente divulgação do IVC-RS (Índice de Vendas do Comércio do RS), referente…

Os efeitos da crise para o comércio gaúcho deixaram de ser especulação para virar realidade na vida dos empresários. A mais recente divulgação do IVC-RS (Índice de Vendas do Comércio do RS), referente ao mês de janeiro, frente ao mesmo período de 2008, sinalizou o que a maioria já sentia na prática: o volume de vendas do comércio sofreu uma expressiva queda de 4,7%. O IVC-RS é feito em uma parceria entre a Fecomércio-RS (Federação do Comércio de Bens e de Serviços do RS) e FEE (Fundação de Economia e Estatística).

No varejo, o índice sinalizou variação de -5,6%, a maior baixa já registrada para o setor em toda a série histórica do índice, que é divulgado desde janeiro de 2003. Dos dez segmentos de varejo pesquisados, houve uma única elevação ocorrendo nas vendas de combustíveis e lubrificantes (3,1%), e a maior queda nas vendas de livros, jornais, revistas e papelaria (-20,8%). Conforme o economista da Fecomércio-RS, Eduardo Merlin, o varejo teve este resultado em razão da combinação de fatores como a contaminação das expectativas dos consumidores pela crise e redução da margem dos lojistas. “Talvez a venda física, unitária, não tenha ficado tão abaixo das vendas de 2008, contudo, janeiro foi um mês em que muitas promoções começaram a ser feitas. A diminuição da rentabilidade das vendas pode ter influenciado os resultados”, afirma.

No caso do setor atacadista houve um decréscimo de 3,6%, com sete segmentos apresentando variação negativa em um total de nove pesquisados. O setor com maior variação positiva (matérias-primas agropecuárias) demonstrou uma taxa de 11,0%, e a maior queda foi no setor material de construção, madeira, ferragens e ferramentas (-24,5%). “No atacado o que se verifica é que se manteve a tendência de queda verificada nos últimos meses. Mas fica claro que houve uma forte reversão em segmentos tradicionalmente com grandes vendas, mostrando que os empresários estão mais cautelosos no momento de buscar investimentos”, avalia Merlin. Ele lembra que a escassez do crédito e maior seletividade influenciaram, pois houve uma maior dificuldade de acesso a este dinheiro.

O volume de vendas do comércio da Região Metropolitana de Porto Alegre revelou, no mês de janeiro de 2009, um decréscimo de 6,2%. O comércio varejista demonstrou uma variação negativa de 8,4%, e o comércio atacadista obteve uma queda de 4,4%. Na Região Não Metropolitana de Porto Alegre houve queda de 3,0% no volume de vendas. O varejo registrou decréscimo de 3,4% e o atacado um decréscimo de 2,3%.

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