Confiança do consumidor volta a crescer após duas fortes quedas, sinaliza FGV

Depois dos meses de setembro, outubro e novembro, quando se falava com mais freqüência sobre a crise financeira internacional e seus impactos na geração de emprego e retração do consumo, os efeitos negativos sobre as expectativas da população parecem estar perdendo força. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas – composto por cinco quesitos contidos na Sondagem de Expectativas do Consumidor – teve elevação de 0,5% entre novembro e dezembro de 2008, ao passar de 96,9 para 97,4 pontos, após dois meses de queda acentuada.

Conforme os resultados divulgados pela FGV, as avaliações sobre a situação presente melhoraram frente a novembro, seguindo o comportamento sazonal desta época do ano. Já as expectativas em relação aos meses seguintes continuaram piorando. O Índice da Situação Atual avançou 6,8%, ao passar de 98,1 pontos para 104,8 pontos. No mesmo período, o Índice de Expectativas reduziu-se de 96,2 para 93,5 pontos, o menor da série iniciada em setembro de 2005.

A parcela dos consumidores que avaliam a situação financeira da família como boa, no próprio mês de realização da pesquisa, elevou-se de 17,0% para 21,1%, enquanto a dos que a julgam ruim reduziu-se de 16,1% para 13,2% do total. A piora das expectativas em relação à situação econômica local nos próximos meses foi o principal fator a influenciar a queda do Índice de Expectativas. A parcela dos que prevêem melhora diminuiu de 21,1% para 18,3% entre novembro de dezembro. A dos que projetam piora aumentou de 32,3% para 36,3%.

A Sondagem de Expectativas do Consumidor é realizada com base numa amostra de mais de 2 mil domicílios em sete das principais capitais brasileiras. A coleta de dados para a edição de dezembro foi realizada entre os dias 31 de novembro e 18 de dezembro de 2008