Arrecadação de impostos já totaliza R$ 515,36 bilhões

O primeiro semestre do ano significou aos brasileiros não apenas um período de crescimento econômico – bem representando por um PIB de 6%. Junto a isso, veio também o aumento da carga tributária paga aos…

O primeiro semestre do ano significou aos brasileiros não apenas um período de crescimento econômico – bem representando por um PIB de 6%. Junto a isso, veio também o aumento da carga tributária paga aos governos das três esferas. Dados do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) destacaram que os impostos somaram 37,27% do PIB, um aumento de 1,24 ponto percentual em relação ao primeiro semestre de 2007. Com isso, o total coletado pelo governo foi de R$ 515,36 bilhões, o que permite uma estimativa de que, em média, cada habitante entregou 6,5 salários-mínimos em impostos nos seis primeiros meses de 2008.

“Esse aumento da arrecadação foi resultado de uma soma de fatores como a criação de um pacote pós-CPMF, a economia em estado de crescimento e o aperto da fiscalização”, avalia o economista da Fecomércio-RS, Eduardo Merlin. Para ele, com tamanha carga tributária, o que acontece no Brasil é que o governo atua como um sócio das empresas aqui instaladas, em que a maior parte dos lucros é entregue aos cofres públicos. “As empresas pagam mais tributos do que salários. Quando isso ocorre é sinal de que alguma coisa não está bem, já que mesmo com tamanha taxação ainda precisamos bancar despesas com pedágios, saúde e educação”, argumenta Merlin.

No entendimento do economista da Fecomércio-RS a questão que se trava nas empresas não é a defesa ao não-pagamento de impostos, uma vez que a Fecomércio-RS é contrária à informalidade, mas sim que aconteça uma diminuição dessa carga tributária e uma otimização dos gastos realizados pelos governos. Segundo revela o estudo do IBPT, nos primeiros seis meses de 2008 houve um aumento nominal de arrecadação de R$ 70,70 bilhões em relação ao mesmo semestre de 2007 (15,90%).

Para os empresários, redução de impostos significaria mais empresas entrando para o mercado de negócios dentro da formalidade, o que traria uma concorrência justa em diversos setores. Merlin ainda alerta que é importante que os cidadãos tenham consciência de que essa conta é paga por todos, e que as empresas exercem o papel de repassadoras do recursos para o governo, mas que o dinheiro sai do bolso de cada habitante, “por esta seria a razão todos devem cobrar gastos mais eficazes”, enfatiza.

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