6 lições para gerar mais resultados com inovação aberta

Já imaginou deixar qualquer um dar pitaco e resolver problemas da sua empresa? Se a resposta é “não”, você precisa conhecer a inovação aberta
 

Já imaginou deixar qualquer um dar pitaco e resolver problemas da sua empresa? Se a resposta é “não”, você precisa conhecer a inovação aberta

Mais de 40% das ideias que chegam nas empresas mais inovadoras do mundo vêm de fora do portão. Inovação aberta é um conceito formalizado pelo prof. Henry Chesbrough, de Berkeley, que diz na prática que o “santo” de fora pode auxiliar bastante nos “milagres” da inovação.

Dar ideias, melhorar processos, produtos vencedores, consumidores felizes e fiéis são normalmente objetivos que os “santos” de casa buscam empreender para conquistar o paraíso.

Mas nos dias atuais, o cliente, o fornecedor, o cidadão, o prospect, o professor universitário, estão cada vez mais interessados em contribuir com a inovação de uma empresa.

Neste trabalho em rede, a vontade de realizar das pessoas se soma a grandes resultados alcançados na resolução de problemas. Sejam simples ou complexos, grandes empresas vêm obtendo ROI’s acima de 100% em projetos que envolvem inovação aberta.

Como uma startup pode se beneficiar da inovação aberta? O modo mais comum de realizar a inovação aberta é por meio da campanha ou desafio de inovação: reunir pessoas de forma a disputar pela resolução do problema em troca de algo (reconhecimento ou dinheiro). Comece assim:

1. Eleja um problema prioritário

Faça um brainstorming com os colaboradores mais participativos do dia a dia da empresa e mapeie os principais problemas. Use a análise de fatos sobre os problemas, como tipos e frequências de anomalias que o problema causa. Compartilhe a descoberta. Monte um conjunto de critérios para priorizar os problemas mais graves. Eleja o problema a ser resolvido.

2. Defina o modo da campanha

A inovação aberta pode acontecer de forma virtual e/ou presencial. Isto depende do orçamento, prazo e recursos humanos que você tenha para investir. Com o tamanho do problema na mão, alguns parâmetros podem ser decididos.

Com o exemplo de problema “como diminuir a incerteza do meu produto?”, uma forma interessante é lançar uma campanha convocando os consumidores a participarem de reuniões de criação de produtos. Já para problemas tecnológicos complexos, do tipo “como faço para criar um algoritmo de segurança que seja infalível a hackers?”, você pode postar um desafio de inovação em um sistema broker de inovação.

A campanha de inovação aberta presencial precisa de estrutura física, tem limite maior de participantes e exige mais atenção do grupo de colaboradores internos. Por outro lado, o contato humano é total e o aprendizado sobre as necessidades e desejos dos interessados, bem como seus elementos subconscientes, são mais fáceis de serem identificados e racionalizados.

A campanha de inovação aberta virtual utiliza um software (como esse aqui) que gerencia os desafios e os públicos, a cadência do engajamento, analisa os resultados à medida que vão aparecendo, comunica os resultados, integra os recursos do projeto, consegue lidar de forma ubíqua com muitas necessidades, liberando recursos internos para outros afazeres.

No entanto, o orçamento pode ser um impeditivo para a realização desse tipo de campanha. Por isso, tudo depende do tamanho e importância do problema.

3. Defina um incentivo aos participantes

Algumas campanhas remuneram os resolvedores com dinheiro, produtos ou mimos. Outras apenas reconhecem a autoria da ideia vencedora e dão destaque à criatividade e aplicabilidade do conceito, assim partindo para o lado da autoestima do resolvedor. Uma mescla desses incentivos é a mais recomendada para quem está iniciando no mundo da inovação aberta.

Veja o vídeo de Steven Johnson que mostra que o incentivo para a participação em tarefas complexas é mais relacionado ao reconhecimento e ao sentido de propósito que se incute no participante. Muitas vezes, dinheiro não é tudo. Uma empresa startup pode conseguir inspirar as pessoas de diversos públicos a participarem de uma campanha de inovação, apenas colocando de forma correta grandes desafios.

4. Convença internamente

Não faça nada antes convencer os principais executivos da empresa e aqueles profissionais que receberão e trabalharão com os resultados da campanha de inovação. Não adianta nada criar um movimento de ideação de novos produtos se a área interna de desenvolvimento não acredita no potencial do resultado.

É uma mudança de cultura que vai se transformando aos poucos, conforme os resultados aparecem.

Mesmo grandes empresas de tecnologia são reticentes à participação externa. Exige-se um preparo anterior para que as ideias que venham de fora não representem uma ameaça, real ou imaginária.

Por isso, um bom exercício de comunicação das boas intenções da inovação aberta é muito importante. Outra dica é trazer bons exemplos de inovações realizadas por empresas do mesmo setor. Ajuda a convencer.

5. Organize-se

Seja presencial ou virtual, a campanha de inovação precisa ter um responsável interno por ela, bem como um horizonte de prazo definido para obter o resultado. Quanto mais rápido melhor, mas um tempo médio de 3 meses deve ser considerado. É imprescindível um gerente de projetos para tocar a campanha e encaminhar os seus resultados.

Um projeto de inovação aberta não vive isolado na empresa, faz parte de um contexto. Um exemplo é a busca de auxílio junto aos fornecedores para resolverem problemas de insumos e matérias-primas ineficientes. O que se busca é verificar se eles já possuem uma solução ou se podem desenvolver uma. Encontrada a solução, em conjunto com os fornecedores, um projeto deve ter sido preparado para receber o resultado da melhoria e implantá-la adequadamente. Caso contrário, a iniciativa morre sozinha.

6. Feedback SEMPRE

O engajamento dos participantes em campanhas de inovação é um dos pilares mais importantes do processo de inovação aberta. Deixar de considerar a contribuição de alguém pode ser fatal. No mundo da conexão, ninguém gosta de ficar esperando. Um feedback sincero é fundamental.

Chegando por e-mail, um SMS, um WhatsApp ou uma carta são meios para expressar a mensagem de que esse interessado fez parte de um momento da empresa e que, eventualmente, sua contribuição agregou valor.

Isso nunca é perda de tempo. Representa o futuro combustível de novas ideias.
Quais tipos de campanhas de inovação as empresas têm desenvolvido mais?

Existem campanhas de inovação que ficam abertas continuamente e campanhas que possuem um prazo estabelecido. O mais comum é a de prazo estabelecido, que leva em média 3 meses. Os temas mais comuns para essas campanhas de inovação são:

– Solicitar do consumidor uma nova forma de consumo/uso do produto
– Solicitar do consumidor uma nova forma de embalagem, mais eficaz
– Solicitar de resolvedores em geral soluções para problemas tecnológicos complexos
– Solicitar aos fornecedores melhorias de desempenho de matérias-primas e insumos
– Solicitar novos designs de produtos e serviços

Uma empresa startup pode se aventurar com a inovação aberta no planejamento de sua proposta de valor, nas atividades de testagem e prototipagem junto ao público potencial, na correção de rumos de seus produtos e serviços, no engajamento e comprometimento de fornecedores e de agentes regulatórios, entre outras aplicações.

Não há limite para a criatividade em estruturar campanhas de inovação aberta. Basta querer e abrir-se ao novo.

Fonte: Pequenas Empresas e Grandes Negócios

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