Confiança do Consumidor sobe e atinge maior nível desde dezembro de 2014
A alta foi influenciada pelo aumento da confiança no presente e também do otimismo em relação ao futuro
A confiança do consumidor subiu 3,5 pontos em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 85,3 pontos, o maior nível desde dezembro de 2014, quando estava em 86,4 pontos.
Houve melhora em março tanto das avaliações sobre o momento atual quanto das perspectivas para o futuro
"A Sondagem de março confirma a retomada da trajetória de alta da confiança do consumidor, interrompida com um forte ajuste no sentido contrário ao final do ano passado. O resultado continua sendo conduzido principalmente pela melhora das expectativas. Apesar disso, notícias favoráveis à retomada da economia, como a desaceleração da inflação, a queda dos juros e a liberação de recursos de contas inativas do FGTS, podem levar a uma alta mais consistente das variáveis que medem a situação corrente dos consumidores ao longo dos próximos meses", avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Houve melhora em março tanto das avaliações sobre o momento atual quanto das perspectivas para o futuro. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1,2 ponto, alcançando 71,5 pontos, o maior nível desde agosto de 2015. Já o Índice de Expectativas (IE) avançou 5,1 pontos, atingindo 95,7 pontos, o maior patamar desde fevereiro de 2014.
As avaliações sobre o cenário econômico atual melhoraram pelo terceiro mês consecutivo. O indicador que mede a satisfação dos consumidores com a situação econômica local subiu 2,0 pontos, para 77,8 pontos. O Indicador de percepção com a situação financeira da família ficou relativamente estável, ao passar de 65,6 para 65,9 pontos.
Quanto às expectativas, o Indicador de perspectivas sobre as finanças familiares foi o que mais contribuiu para a alta do ICC no mês, com elevação de 5,8 pontos, para 94,3 pontos. "Este otimismo parece refletir a expectativa de aceleração do processo de desalavancagem das famílias, sob a influência de inflação e juros mais baixos e entrada de recursos anteriormente não previstos do FGTS", ressaltou a FGV.
A melhora da confiança ocorreu em todas as faixas de renda de consumidores. Entre as famílias com renda familiar mensal de R$ 2.100,01 a R$ 4.800,00, o índice subiu 5,1 pontos em relação em março ante fevereiro, influenciado por melhores expectativas em relação à situação financeira das famílias e um maior ímpeto de compras.
A Sondagem do Consumidor coletou informações de mais de dois mil domicílios em sete capitais, com entrevistas entre os dias 2 a 22 de março.
Fonte: Estadão