Após queda, há menos lojas fechando no varejo
Levantamento feito por organização nacional vê, pela primeira vez desde 2015, que há menos estabelecimentos fechando no Brasil
O varejo deve ver mais lojas abrirem as portas do que estabelecimentos fechando. Essa é a projeção da CNC e tem como base o bom reflexo das lojas setor nos primeiros três meses do ano.
Segundo levantamento da CNC, o primeiro trimestre do ano registrou o fechamento 75% a menos de lojas em relação ao ano passado. O valor corresponde a 9,965 mil estabelecimentos. No ano passado, o Brasil fechou o ano com menos de 108,7 mil lojas.
“Nos últimos três anos não deu para esperar nada de muito positivo do varejo”, diz o economista da CNC Fábio Bentes. “Mas esse ano a expectativa é de retomada de pelo menos três setores: vestuários e calçados, materiais de construção, móveis e eletrodomésticos”, completou.
Melhorias
Após dois anos de queda, o varejo ampliado também deve dar uma respirada e registrar crescimento de 1,2% no primeiro trimestre do ano em relação a 2016. Os hiper e supermercados também devem crescer nos próximos meses. Já a disponibilidade de crédito deve se manter estável nos próximos meses.
“A gente ainda vai ver um leve fechamento de lojas nos primeiros seis meses desse ano que vai registrar, acredito eu, 20 mil lojas a menos. Mas na segunda metade do ano a nossa expectativa é que já comece alguma geração de pontos de venda”
O número de postos de trabalho registrou um crescimento de dois mil postos de trabalho. “É um número que pode parecer pouco significativo à primeira vista, mas que ganha muita relevância diante do fechamento de mais de 177 mil empregos no ano passado”, observou Bentes.
Retomada
Para a CNC, os números indicam que a recuperação da economia brasileira deve acontecer a entre o segundo semestre deste ano e 2018.
O principal fator que baseia a expectativa otimista, na visão dos economistas, é a queda da inflação. O cenário permite ao Banco Central manter a política de redução da taxa básica de juros (Selic).
A organização acredita que o crescimento econômico independerá da aprovação da reforma da Previdência no Congresso Brasileiro.
Fonte: NoVarejo