Economia brasileira avança 0,25% no segundo trimestre

Em junho, alta foi de 0,5%. Dados foram divulgados nesta quinta-feira

Numa surpresa positiva para os economistas, a economia brasileira voltou a crescer no segundo trimestre deste ano. A alta foi de 0,25% no período, nas contas do Banco Central. Esse foi o segundo trimestre seguido de crescimento da atividade e, se o dado for confirmado oficialmente pelo IBGE, consolida a saída do país da recessão.

Após a divulgação de dados setoriais mais favoráveis, os analistas revisaram as suas apostas de uma queda no trimestre para algo no campo positivo. Os dados oficiais do IBGE só serão conhecidos mês que vem.

Todos os números dos meses anteriores foram revisados e isso apresentou uma melhora do IBC-Br, o índice de atividade do Banco Central que tenta antecipar o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB). Os números do BC revelam que o Brasil carrega efeitos da crise menores que no passado.

Nos últimos 12 meses terminados em junho, o país acumula uma retração de 1,82%. A melhora foi rápida. Até maio, o Brasil retraia — apesar da melhora recente — numa velocidade de 2,23%. Os dados do mês de junho influenciaram.

Nesta quinta-feira, o Banco Central divulgou o seu cálculo próprio, o IBC-Br. O incide de atividade da autarquia ficou em 0,5% em junho.

Pelos cálculos do IBGE, a economia brasileira voltou a ficar no azul no primeiro trimestre após dois anos. O Produto Interno Bruto (PIB) registrou alta de 1% no primeiro trimestre, na comparação com os últimos três meses do ano passado, influenciado principalmente pelo bom desempenho da agropecuária.

ICB-Br

O IBC-Br foi criado pelo BC para ser uma referência do comportamento da atividade econômica que sirva para orientar a política de controle da inflação pelo Comitê de Política Monetária (Copom), uma vez que o dado oficial do Produto Interno Bruto (PIB) é divulgado pelo IBGE com defasagem em torno de três meses. Tanto o IBC-Brquanto o PIB são indicadores que medem a atividade econômica, mas têm diferenças na metodologia.

Esse indicador do BC leva em conta trajetória de variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (indústria, agropecuária e serviços).

Já o PIB é calculado pelo IBGE a partir da soma dos bens e serviços produzidos na economia. Pelo lado da produção, considera-se a agropecuária, a indústria, os serviços, além dos impostos. Já pelo lado da demanda, são computados dados do consumo das famílias, consumo do governo e investimentos, além de exportações e importações.

Fonte: Época Negócios 

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