Alta do varejo em confronto interanual é a mais forte desde maio de 2014

O avanço de 7,6% no volume vendido pelo varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, foi o mais elevado desde fevereiro de 2014.

A alta de 3,6% nas vendas do comércio varejista em agosto de 2017 ante agosto de 2016 foi a mais acentuada desde maio de 2014, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio divulgados nesta quarta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O avanço de 7,6% no volume vendido pelo varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, foi o mais elevado desde fevereiro de 2014.

"A base de comparação muito baixa tem que ser considerada. O efeito base é muito claro nessas taxas de crescimento. Para além de uma base de comparação baixa, há também uma conjuntura melhor em relação a 2016", ressaltou Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.

A pesquisadora citou o arrefecimento da inflação no último ano, além de uma ligeira melhora no mercado de trabalho, com avanço na ocupação, ainda que na informalidade, e estabilidade na massa salarial. Outros fatores que ajudaram o desempenho este ano foram as liberações de recursos inativos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e PIS/Pasep.

As taxas de juros para as famílias recuaram um pouco em relação a 2016, mas ainda estão muito elevadas, nem se comparam ao patamar baixo em que estavam em 2014.

A alta de 16,5% nas vendas de móveis e eletrodomésticos foi o melhor desempenho para o setor desde março de 2012, quando cresceu 20,9%. A atividade puxou o avanço do varejo no período.

"A base de comparação deprimida é reflexo de uma demanda deprimida. As pessoas deixaram por mais de dois anos de fazer gastos com esses bens que não eram essenciais", avaliou a pesquisadora.

No segmento de veículos, o crescimento de 13,8% nas vendas em agosto é mais alto desde setembro de 2013, quando o aumento foi de 13,9%. Em material de construção, o volume vendido 12,6% maior foi o desempenho mais favorável desde fevereiro de 2014, quando as vendas cresceram 16,7%.

"Isso está refletindo muito o consumo das famílias, aquelas que estão numa situação de renda maior, com inflação controlada. Isso estimula esse setor, que tem uma relação com renda bastante direta", apontou Isabella sobre as vendas do setor de construção.

O varejo opera atualmente 9,3% abaixo do pico de vendas registrado em novembro de 2014. Já o volume vendido pelo varejo ampliado está 15,9% menor do que o ápice alcançado em agosto de 2012.

Embora os números sejam negativos, houve melhora recente. Segundo Isabella, as taxas acumuladas no ano (0,7%) e em 12 meses (-1,6%) mostram que há recuperação gradual. "O ano de 2017 até agosto foi melhor para as vendas do que 2016 e 2015", concluiu.

Fonte: Zero Hora

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