Pesquisa revela as consequências do aumento do aluguel nos shoppings
Deixar o ponto, mudar de local e atrasar pagamentos estão entre as ações que devem ocorrer. Leia o resultado completo do levantamento.
O impasse entre lojistas e administradoras de shoppings centers da Capital quanto à aplicação do IGP-M, hoje acima de 35%, para o reajuste do aluguel, deve fazer com que haja algumas mudanças no comércio nos próximos meses. Foi o que revelou a recente sondagem realizada pelo Núcleo de Pesquisa do Sindilojas Porto Alegre com uma amostra representativa dos empresários com lojas nesses locais. Os dados indicam que 72% deles seguem tentando negociar o reajuste, mas que parte já traçou o que poderá acontecer. Confira abaixo:
- 23% acreditam que terá de procurar um ponto mais barato
- 13% precisarão deixar o ponto
- 8% demitirão funcionários
- 5% atrasarão o pagamento de fornecedores
- 4% atrasarão alguma conta
- 3% atrasarão o pagamento de funcionários
- 2% adotarão ações para reduzir custos
- 1% venderá apenas online
- 20% não sabe
- 34% não pretendem fazer nada
Questionados se possuem um plano B caso a única saída seja fechar o estabelecimento no local atual, 23% afirmaram que sim. Nesse planejamento está:
- Mudar a loja para outro shopping que permita uma negociação razoável (61%)
- Abrir uma loja de rua (22%)
- Fechar a loja e realizar projetos pessoais (4,3%)
- Trocar o ponto no mesmo shopping por outro de aluguel mais em conta (4,3%)
- Tentar outro negócio que não seja no varejo (4,3%)
- Fechar uma das lojas de sua propriedade (4,3%)
O Sindilojas Porto Alegre, como representante legal dos lojistas do comércio da Capital, informa que está questionando em juízo a atualização dos índices de aluguel nesses estabelecimentos. A alternativa para o atual momento, de grandes perdas no setor devido ao impacto econômico ocasionado pela pandemia, seria trocar os índices IGPM e IGPDI, geralmente utilizados nos contratos, pelo IPCA.