Dia das Mães: porto-alegrenses devem comprar mais nas lojas de rua e se atentar aos preços
Levantamento do Sindilojas POA identificou mudanças no comportamento de consumo para a data deste ano em relação ao ano passado.
Assim como no período pré-pandemia, as lojas físicas da Capital devem voltar a receber a maioria do público em busca de presentes de Dia das Mães. Uma sondagem realizada pelo Núcleo de P&D do Sindilojas POA revelou que 54,3% das pessoas pretendem realizar as compras no comércio de rua. No ano passado, esse dado correspondeu a 34%. Já nos shoppings, o ritmo de procura por presentes para a data deverá ser semelhante a 2021, com 40,6% das intenções para 45,1% no ano passado. E as compras online deverão cair: a opção foi citada por 16,9% dos consumidores, 15.1 pontos percentuais a menos que os 32% que pretendiam comprar dessa forma no último Dia das Mães. O movimento mais intenso no comércio de Porto Alegre, conforme a pesquisa, deverá ser na próxima semana.
A mudança no comportamento do consumidor em relação ao Dia das Mães passado também apareceu no quesito economia. Ainda que, desta vez, 33,7% dos porto-alegrenses acreditem que vão gastar mais – o que, para a coordenadora da pesquisa, Thaís Del Pino, pode ser justificado pela inflação –, o preço foi citado por 42% como um fator relevante na hora de escolher o presente, demonstrativo de maior cautela. No ano passado, os que justificaram a escolha das compras para a data a partir do preço representaram apenas 1,7% dos respondentes. O atendimento qualificado e a qualidade dos produtos foram fatores destacados pelos consumidores quando perguntados sobre o que ajuda a decidir por determinada loja ou marca. Para o presidente do Sindilojas POA, Arcione Piva, a experiência obtida durante a pandemia pode ter uma provável relação com esse dado. “O fato de o cliente poder tocar, experimentar e ver os detalhes de perto quando vai à loja faz dele um cliente mais exigente no online. Temos visto que muitas pessoas utilizam o WhatsApp e as redes sociais para pedir informações antes de ir à loja física efetivar a compra, o que salienta a importância de capacitarmos nossas equipes para oferecermos um atendimento de qualidade em todos os canais existentes”, ressalta. Ainda para o presidente da Entidade, mesmo que haja uma retomada maior de compra presencial, o investimento feito no online não deve ser deixado de lado pelos comerciantes. “Pelo contrário, precisamos, cada vez mais, entender as diferenças e preferências de consumo de cada público e os potenciais de cada ferramenta. Entendo que agora, tanto consumidores quanto lojistas estão vivendo uma segunda fase de adaptação, que requer mais estudo e novas ações por parte das empresas”, analisa. A respeito dos itens que devem ter maior procura no comércio, o levantamento identificou que produtos tradicionais seguem em alta: roupas, perfumes/cosméticos/produtos de higiene e calçados seguem sendo os mais buscados. Flores e a opção de presentear com almoço/jantar vêm na sequência. O tíquete médio dos presentes deverá ficar em torno dos R$ 264. Segundo a pesquisa, o Dia das Mães deverá movimentar este ano cerca de R$ 382 milhões na economia da Capital. O valor corresponde a uma variação nominal de 38,3% a mais, considerando a inflação do período, que o calculado na sondagem de intenção de compra da mesma data de 2021, quando a movimentação estipulada foi de R$ 276 milhões. Confira abaixo outros dados interessantes revelados pela pesquisa:- Aumento na intenção de presentear sogras: de 7,1% para 13,7%;
- Aumento na intenção de presentear com roupas: de 22% para 36,6%;
- Aumento na intenção de presentear com flores: de 4,3% para 8,9% (o dobro);
- Intenção de presentear as mães com almoço/jantar: retomada das experiências fora de casa;
- 4,2% das mães querem ganhar eletroportáteis, no entanto, esse tipo de produto não apareceu na lista de quem pretende presentear;
- Intenção de pagar no PIX: este ano, 10% pretendem usar essa forma de pagamento. No ano passado, a opção ainda não existia.