Sindilojas Porto Alegre realiza pesquisa com empresários da capital sobre o uso do Pronampe
O objetivo é saber se o auxílio tem sido liberado a quem precisa
O Sindilojas Porto Alegre realizou uma pesquisa com lojistas que tem negócios em áreas atingidas pelas enchentes sobre a necessidade da utilização do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).
O Pronampe, através de banco selecionados, liberou novos recursos e oferece condições especiais para empresas localizadas em municípios que decretaram estado de calamidade.
Sendo assim, o Sindilojas POA, através do Núcleo de Pesquisa, questionou os respondentes se já haviam feito o uso do Pronampe em anos anteriores. Apenas 12% disseram que sim. E deste total, 25% citaram que tentaram renegociá-lo e obtiveram sucesso. Para 8,3% o resultado foi outro, pois tentaram a renegociação, porém receberam uma negativa. Já 66,7% não fizeram esta tentativa.
Agora, objetivamente tratando sobre o Pronampe da enchente, perguntados se o auxílio foi solicitado entre os meses de maio e junho, um pouco mais da metade, 54%, responderam que não e nem pretendem. Outros 20% já fizeram o pedido. Os demais 26% não pediram ainda, mas disseram que solicitarão o auxílio.
Qual a situação de momento?
Aos que solicitaram o Pronampe entre os meses de maio e junho de 2024, 75% conseguiram contratar o valor pedido. O empréstimo tem a finalidade para capital de giro para 100% dos lojistas. Para 46,7% servirá para pagar fornecedores, e 26,7% disseram que necessitam do dinheiro para o pagamento dos funcionários. Pagar contas de luz e água, impostos, cartão de crédito e aluguel do ponto ficaram com 6,7% cada. Lembrando que este item é de repostas múltiplas.
Além da taxa de juros anunciado pelo Governo Federal, muito se fala em algumas cobranças extras. Na pesquisa realizada, cerca de 7% relataram ter pago um valor extra, uma espécie de seguro, 66,7% não receberam qualquer tipo de cobrança extra, e ainda, 26,6% disseram não saber.
Bancos procurados para a contratação do Pronampe:
Banrisul: 53,3%
Caixa Econômica Federal: 26,6%
Sicredi: 6,7%
Banco do Brasil: 6,7%
Bradesco: 6,7%
Já ao não conseguir o empréstimo via banco, a burocracia junto às instituições financeiras foi a causa mais citada, com 80%. Com 20% das respostas, o outro motivo foi o não atendimento aos requisitos do programa de auxílio. E com isso, a demissão de funcionários surge como uma opção. Foi isso que 80% dos lojistas disseram.
Para o presidente do Sindilojas POA, Arcione Piva, o auxílio chegou com atraso, porém ele é bem-vindo. “O lojista merecia ter sido atendido com mais celeridade visto o tamanho do prejuízo causado no comércio. O enfrentamento das dificuldades seria menos prejudicial. Agora é correr atrás destes valores para a retomada do nosso comércio, comentou.
A Entidade criou uma Cartilha Estado de Calamidade onde traz diversas informações sobre recursos emergências e flexibilizações de impostos e está à disposição no site do Sindilojas Porto Alegre.
Abaixo, segue o nosso Infográfico com os dados. Se preferir, clique aqui e veja todos os infográficos disponíveis.