Consumo reprimido pós-enchentes é objeto de pesquisa do Sindilojas POA
Serviços, produtos e benefícios ditam o tom do levantamento
O consumo reprimido após as enchentes que assolaram a capital gaúcha foi objeto de pesquisa do Sindilojas Porto Alegre. A Entidade buscou entender os serviços, produtos e benefícios que foram necessários ou que faltaram no atendimento aos cidadãos atingidos.
Em razão das enchentes, a pesquisa perguntou às pessoas quais serviços foram necessários contratar. Com o maior número de citações, coleta de entulhos lidera com 40%. Logo em seguida, aparecem conserto de eletrodomésticos/eletrônicos com 37,1%, pedreiro com 28,6%, o mesmo índice que a opção eletricista.
Já, quanto aos serviços que ainda será preciso contratar devido aos alagamentos, a ordem muda. Pedreiro lidera com certa folga (37,1%). Na sequência vem eletricista (28,6%), coleta de entulhos (25,7%) e conserto de eletrodomésticos/eletrônicos. Lembrando que as respostas são de múltiplas escolhas.
Produtos
Os produtos mais comprados, segundo a pesquisa, foram os chamados produtos de limpeza (luvas, baldes, sacos de lixo, rodos), com 68,6% das respostas. Eletrodomésticos, material elétrico, roupa de cama, mesa e banho e colchões também foram citados. Itens que ainda precisam ser comprados tem no topo da lista a opção dos móveis, com 37,1% das respostas. Eletrodomésticos, roupa de cama, mesa e banho, material elétrico (lâmpada, fios elétricos, tomadas) e material de construção (cimento, tijolo argamassa, tinta, esquadria) também aparecem na lista com um bom número de citações.
Benefícios aos atingidos
Os programas de governo que liberavam verba a fim de que compras e demais gastos necessários pudessem ser efetuados, chegaram? Essa pergunta foi feita aos respondentes. A maioria, 60% disse que não. Outros 37,1% relataram que sim, receberam algum valor. Os demais não souberam informar. E a ampla maioria afirma que vai precisar dos créditos de governos para fazer compras dos produtos acima citados. 57,1% afirmam ser dependentes destes valores para tal, outros 34,3% relataram não ter essa necessidade.
Demais pontos da pesquisa:
Você trabalha?
Sim: 79%
Não: 21%
Você teme perder o seu emprego? (entre os que responderam que trabalham)
71,8%
28,2%
Você está com receio de que novos alagamentos atinjam o local onde mora ou trabalha?
Não: 53,8%
Sim: 39,5%
Não sabe: 6,7%
*Porém, este último dado muda drasticamente quando se faz o recorte somente para os atingidos pela enchente na capital neste ano. O número fica em 91,4% aos que temem a volta dos alagamentos.
O Sindilojas Poa recebe alguns destes dados com preocupação. “O número de pessoas que não receberam os benefícios a eles prometidos é alto e traduz o que a gente vem repetindo. Muita coisa proposta pelo governo federal não chegou. Precisamos expor isso, disse Arcione Piva, presidente da Entidade.
Para visualizar o infográfico completo da pesquisa, clique aqui.