16 de julho, Dia do Comerciante

Sindilojas Porto Alegre saúda os lojistas

Ele é responsável por uma das principais atividades do mundo. Munido de iniciativa, motivado por vocação ou necessidade (ou os dois), utiliza de criatividade e sensibilidade para colocar em prática o que pode ser o sonho de uma vida, o sustento de uma família, a referência de uma cidade. Na história desta atividade que se confunde com a história da civilização, do dinheiro, do consumo e das cidades, o comerciante já foi definido de inúmeras formas. Mas hoje em dia, em Porto Alegre, quem é o homenageado neste dia 16 de julho?

Na visão da entidade que representa a classe, o comerciante porto-alegrense é parte de uma diversidade democrática e exigente, como define o presidente do Sindilojas POA, Ronaldo Sielichow. “A Em 16 de julho comemora-se o Dia do Comerciante maioria são micro e pequenos empresários. Parte dos comerciantes herdou a paixão pelo varejo dos pais, alguns descobriram o talento para o comércio durante a faculdade e muitos foram funcionários em grandes redes ou executivos em empresas com destaque no mercado”, descreve.

A diversidade citada reflete números expressivos. De acordo com a RAIS 2010, Porto Alegre tem 32 mil estabelecimentos comerciais no ramo do varejo (destes, 16 mil são repreentados pelo Sindilojas) que geram 85 mil empregos diretos. Os dados confirmam a responsabilidade que cada comerciante tem, afinal, trata-se da segunda força motriz da cidade. “O comércio é também responsável por sustentar a economia dos serviços. Portanto, se Porto Alegre é hoje a cidade que tem a sua maior força nos serviços, esses estão ancorados, grande parte, na demanda do comércio”, avalia o secretário da Produção, Indústria e Comércio, Valter Nagelstein.

Novidades e tendências são fatores que têm contribuído para o surgimento dos comerciantes da Cidade, em sua maioria jovens empreendedores, conforme observa o gerente Setorial do Comércio e Serviços do Sebrae RS, Rodrigo Farina Mello. “Os índices de novos empreendedores vêm subindo e isso se deve também ao cenário econômico atual em nosso País, mais promissor. Os novos, de forma geral, tendem a participar mais em serviços, pois nesse setor necessita-se, normalmente, de um investimento menor. Também é limitadora a escassez de crédito em linhas especiais para investimentos pequenos e micro”, aponta Mello. Nesse cenário, cerca de 80% dos novos negócios que surgem em Porto Alegre têm a intenção de investimento capital de, no máximo, R$ 100 mil.

Outra informação que ajuda a entendermos quem é o comerciante de Porto Alegre é a redução dos índices de mortalidade das empresas. Segundo a Secretaria Municipal de Produção, Indústria e Comércio (SMIC), em 2010 foram licenciados 13.827 novos estabelecimentos de comércio varejista em contraponto ao fechamento de pouco mais de dois mil estabelecimentos. A proporção segue números nacionais. Conforme divulga o SEBRAE RS, há três anos, 80% das empresas fechavam nos dois primeiros anos de vida. Atualmente, apenas 50% das empresas fecham no mesmo período. A conclusão é de que os novos comerciantes entendem que, diferente do que acontecia há décadas, atualmente é necessário estudar profundamente a viabilidade de um empreendimento antes de começá-lo. Entre os ramos mais licenciados no ano passado, destacam-se os de artigos do vestuário (972), suprimentos para informática 321), bazares (151) e lojas de variedades (123).

Para Sielichow, o varejista trabalha cotidianamente para equalizar inovação e tradição. “Historicamente, a adaptação do comerciante às mudanças do mercado é um dos fatores determinantes para a longevidade de sua empresa. Nos últimos tempos vivemos mudanças significativas, o rápido crescimento do e-commerce, o uso de mídias sociais para relacionamento, até a promessa do mobile commerce. É importante que o lojista esteja atento, com os olhos no futuro, mas sem esquecer as origens do comércio: o bom atendimento, no balcão, ainda faz a diferença”. Novatos ou veteranos, os comerciantes de Porto Alegre são empreendedores que têm percepção aguçada e agilidade para acompanhar a dinâmica da Cidade. “Temos características de bairro para bairro – em alguns, o comércio conseguiu se especializar e criar espécies de clusters (concentração de lojas do mesmo segmento) e isso aconteceu naturalmente. Também observamos, há algum tempo, a mudança do comércio para shoppings e centros comerciais. Hoje, felizmente, já estamos vivendo um processo de reversão”, avalia Nagelstein, reconhecendo algumas das principais demandas dos empresários do setor, como necessidade de melhorias em mobilidade urbana, segurança pública, combate ao comércio informal e formação de mão de obra qualificada. Esta última, aliás, demanda também já identificada pelo Sindilojas POA, conforme destaca Sielichow. “Atualmente vivemos um sério problema de falta de mão de obra capacitada. Isso interfere diretamente na produtividade dos funcionários e, por consequência, no custo dos produtos. Visando a sanar essa dificuldade, o Sindilojas POA criou o programa Geração Varejo, focado em recrutamento e capacitação de profissionais. Em breve, os lojistas associados ao Sindicato poderão buscar novos colaboradores no banco de talentos, qualificados para o comércio varejista”.

Na medida em que os desafios e fenômenos se apresentam, a complexidade de ser um comerciante aumenta. “Nosso principal desafio é manter o crescimento, pois diariamente surgem barreiras que implicam no desenvolvimento do comércio. O Sindilojas luta contra obstáculos que inviabilizam o crescimento dos lojistas”, analisa Sielichow, reforçando o papel fundamental da Entidade para um varejo com ética e responsabilidade, como ressalta o secretário. “Trabalhamos a questão ética com o Procon, com o Código de Posturas da Cidade e uma entidade como o Sindilojas POA muito nos ajuda. Implica em diversas atitudes do comerciante, sempre buscando uma relação com a cidade pautada pelo equilíbrio e respeito ao direito dos outros. A relação que se constrói entre o comerciante e Porto Alegre é de cruzamento das questões que dizem respeito à vida das pessoas e isso me parece uma consciência muito moderna, muito atual”, sintetiza Nagelstein.

Como surgiu
A instituição do Dia do Comerciante no Brasil foi feita pelo presidente do Senado Federal, João Café Filho, em 26 de outubro de 1953. Trata-se de uma homenagem comemorada no dia em que nasceu o Visconde de Cayru – José da Silva Lisboa. Cayru é figura histórica. Político baiano, exerceu grande influência junto ao príncipe regente português D. João VI para que os portos brasileiros fossem abertos ao comércio com as nações amigas, em 1808. (Fonte: brasilcultura.com.br)

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