6 projeções para o e-commerce brasileiro

Apesar da crise, o e-commerce cresceu 16% no Brasil durante os seis primeiros meses de 2015, de acordo com a 32ª edição do WebShoppers, relatório sobre o comércio eletrônico brasileiro divulgado pela E-bit, empresa especializada em informações do comércio eletrônico.

Apesar da crise, o e-commerce cresceu 16% no Brasil durante os seis primeiros meses de 2015, de acordo com a 32ª edição do WebShoppers, relatório sobre o comércio eletrônico brasileiro divulgado pela E-bit, empresa especializada em informações do comércio eletrônico.

“Embora esteja bem abaixo do aumento nas vendas de 2013 e 2014, o número é expressivo num semestre em que boa parte do mercado encolheu”, disse Rafael Campos, sócio-diretor da VTEX, fornecedora de software de e-commerce e soluções omni-channel, durante o Super Mercado Digital 2015. 

Segundo o executivo, diversos estudos apontam para mudanças que deverão mudar a forma de se comercializar produtos e serviços na Internet. Confira a seguir seis aspectos que estão moldando o e-commerce brasileiro:

1. Pesquisa on-line, compra off-line 
A representatividade do mercado on-line não está somente no ato da compra, mas sim da pesquisa, garante Campos. Dados do Forrester Research Web-Influenced Retail Sales Forecast de 2013 em relação a 2018 apontam que, nos Estados Unidos, as pessoas que fazem compras on-line ou são influenciadas pela web a comprar representam um número maior do que aquelas que são influenciadas somente pelo ponto físico e compram através dele.

2. Queda do frete grátis
Campos enfatiza que o e-commerce vem aplicando cada vez menos a política de frete grátis. “Com as margens cada vez mais apertadas no comércio eletrônico, cada vez mais o varejo on-line transfere este custo para o consumidor. E ele paga por essa comodidade e conveniência, dando mais fôlego para o e-commerce”, afirma o executivo. Segundo tendência registrada desde julho de 2014, as lojas de e-commerce diminuíram o percentual de frete grátis. Como consequência, temos um crescimento de 21% no valor total de pagamento de frete pelo e-consumidor de R$ 544.081.081 no primeiro sem de 2014 para R$ 659.843.814 no primeiro sem de 2015.

3. Brasil: mais potencial do que desenvolvimento
O porta-voz da VTEX indica que, segundo dados norte-americanos, o Brasil tem baixo nível de desenvolvimento de e-commerce em relação a outras nações. Mas por outro lado seu potencial de crescimento é imenso.

Na América Latina, por exemplo, o Brasil representa 50% do comércio on-line de eletrônicos, o que pode ser em parte explicado por seu tamanho e a maturidade que alcançou nos últimos anos. Por outro lado, a Argentina, que é um país muito menor do que o Brasil com 45 milhões de pessoas (quase o tamanho do Estado de São Paulo), representa 31%.

“O interessante é que no comércio de comidas e bebidas a Argentina representa 15% no cenário mundial, enquanto o Brasil apenas 3%. Ou seja, embora os argentinos sejam muito mais imaturos que a gente neste segmento, no e-commerce eles são extremamente mais eficientes do que nós”, garante Campos.

4. Simbiose de canais físicos e virtuais
Será que o e-commerce deverá representar o fim das lojas físicas? Para Rafael Campos isto é mito. “Na verdade eles são canais complementares e devem sobreviver juntos”, propõe o sócio-diretor da VTEX. Para ilustrar como isso deve funcionar ele citou uma informação divulgada por Terry Lundgren, CEO da Macy’s, multinacional norte-americana de lojas de departamento, fez durante o NRF Big Show de 2010: “A cada 1 dólar gasto na Macy’s, nos próximos 10 dias vão ser gastos em média US$ 5.77 numa loja física da Macy’s”.

Campos defende ainda que não existe “cliente on-line” e “cliente off-line”: eles são a mesma pessoa em momentos diferentes. “Há o momento em que o consumidor está atrasado para o trabalho e não consegue cozinhar, mas há outro momento em que você ele tem tempo e faz questão de preparar sua refeição. Ele muda de acordo com a sua necessidade”, disse ele durante o Supermercado Digital 2015.

5. Funil de vendas deve ser cada vez mais estreito
Uma diferença crucial entre o e-commerce e a loja física é que você paga pelo fluxo de consumidores. “No mundo do e-commerce, a cada 1 mil pessoas que o visitam somente 16 compram, ou seja, a taxa de conversão é de apenas 1,6%. Essa taxa é muito baixa em relação ao Estados Unidos, onde o mercado apresenta uma taxa de 3,6-4%, bem mais elevada que a nossa”, alerta Campos. Um dos fatores que vem colaborando com o achatamento da taxa de conversão no comércio digital é justamente o aumento de players no segumento: “houve mais gente entrando no e-commerce nos últimos cinco anos, o que vem elevando o preço das palavras cobradas pelo Google para trazer mais tráfego”, sugere o executivo.

6. Processos simples ajudam a reduzir custos 
Se você tem um checkout rápido e eficiente, onde não são exigidas entradas de muitos dados por parte do consumidor, a taxa de conversão aumenta. Rafael Campos afirma que um checkout otimizado pode reduzir a necessidade de um força de marketing intensa, proporcionando mais vendas com custo equivalente ou menor. Entre outras soluções que podem contribuir neste sentido o porta-voz da VTEX destaca ainda a melhoria na interface gráfica da loja, a redução do tempo de resposta de abertura de página, simplificação de processos de cadastramento, leitura de estoque múltiplas e a captura de novos clientes em canais já existentes.

Fonte: No Varejo

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