7 dicas para recuperar um negócio que está indo mal

Para o empreendedor conseguir recuperar um negócio que está indo mal, é preciso planejamento. Mas, antes de pensar em salvar a empresa, ele deve dar um passo ainda mais difícil: perceber que o seu empreendimento não caminha bem. 

Para o empreendedor conseguir recuperar um negócio que está indo mal, é preciso planejamento. Mas, antes de pensar em salvar a empresa, ele deve dar um passo ainda mais difícil: perceber que o seu empreendimento não caminha bem. Estagnação nas vendas, falta de capital de giro, estoques cheios e excesso de financiamentos são características comuns entre empresas mal sucedidas.
Na opinião de João Carlos Natal, consultor do Sebrae-SP, a falta de organização financeira é a principal causa para os empresários demorarem a identificar o declínio de um negócio. “Uma empresa se fundamenta em números. Sem um controle básico, o empreendedor não consegue dar os primeiros passos para a mudança.”

E para que ela aconteça, o empreendedor precisa colocar no papel todas as suas dívidas – prática que além de ajudar negócios que correm riscos, também pode garantir a saúde financeira de qualquer empresa. Dessa forma, o empreendedor que está no vermelho reconhecerá seus maiores problemas e desenvolverá um plano de ataque para resolvê-los.
Antes de renegociar as dívidas com os bancos e os fornecedores, por exemplo, o empreendedor deve realizar um planejamento financeiro. “É importante para saber se possui fôlego para os pagamentos. Muitos renegociam sem saber se vão conseguir pagar.” Outro passo essencial é saldar todos os financiamentos realizados pelo empreendedor como pessoa física. “As taxas são muito maiores que as de pessoa jurídica”, diz o consultor do Sebrae-SP.

Além dessas dicas, Natal também listou outras recomendações relevantes para quem deseja mudar a história de um negócio que está indo mal. Segundo o especialista, “toda empresa tem jeito, desde que o empreendedor queira”.

1. Organize-se
Antes de qualquer ação, o empreendedor deve arrumar a casa, organizando financeiramente o seu negócio por completo. Dessa forma, ele tem a chance de estruturar o processo de retomada, descobrindo por onde começar e avaliando quanto isso vai lhe custar.
2. Contabilize
Aprofundando-se na organização financeira do seu negócio, o empreendedor deve contabilizar todos os seus débitos, listando por completo as dívidas da empresa – e as pessoais que estejam relacionadas ao negócio. O recomendável é separá-las por categoria, como bancária, trabalhista, tributária, fornecedores, e por formato, como cheque especial, cartão de crédito ou empréstimo. Essa organização permite analisar se os gastos podem ser substituídos por outros mais baratos.
3. Ataque os mais importantes
Definir as prioridades é um bom caminho para colocar sua empresa de volta nos trilhos. Por exemplo, o não pagamento do financiamento de um equipamento pode acarretar na paralisação das atividades da empresa. Ou deixar de pagar as prestações de um financiamento realizado em pessoa física (com taxas mais caras) também pode dificultar a tentativa de retomada do negócio. “Para visualizar um futuro, é necessário se planejar.”
4. Renegocie suas dívidas
Para que as renegociações sejam proveitosas, é importante, mais uma vez, possuir um bom planejamento financeiro. Dessa forma, na hora de negociar, o empreendedor vai conseguir comprovar para os bancos e fornecedores a capacidade de saldar todas as suas dívidas. “É importante demonstrar a capacidade e a seriedade de garantir os pagamentos.” Assim, fica inclusive mais fácil conseguir reduções consideráveis nos valores.
5. Corte os desperdícios
Para o consultor, o empreendedor não deve pensar logo de cara em cortar os funcionários de sua equipe. “É importante ter um plano de ação para adequar as despesas com a nova realidade de receita. Mas, não necessariamente com demissões”, diz Natal.
Para isso, é importante eliminar tudo que for considerado desperdício. “Não deixar luz acesa, diminuir a conta telefônica e gastar menos água.” Caso os custos com o aluguel estejam altos, o empreendedor também pode pensar em trocar de loja física, pesquisando novos pontos com preços mais acessíveis. “É uma forma boa de economizar.”
6. Faça uso da sua reserva
Recomenda-se que todo empreendedor divida o seu lucro em três partes iguais: uma para reinvestir na empresa, outra para a sociedade e o terceiro para a reserva do capital de giro. Essa reserva é muito importante para um momento de crise da empresa. “Dá a chance do momento ser um pouco mais tranquilo. Pode ser que essas reservas ajudem a marca a se manter e até mesmo a trazer novos clientes”, diz Natal.
7. Dê um passo para trás
Apesar de ser uma decisão muito difícil, fechar o negócio momentaneamente pode ser, sim, uma boa saída. Para Natal, tudo depende do que o seu planejamento financeiro mostrar.
Se ele diz que o seu investimento não vai ser recuperado, o empreendedor pode diminuir o tamanho do negócio ou fechar a empresa para não queimar ainda mais recursos. "Um passo para trás e dois para frente”, diz. Esse momento é importante para refletir se o empreendedor não vai cometer os mesmos erros mais uma vez. “Será que ele não está batendo nas mesmas teclas? Se houver planejamento e vontade de fazer acontecer, a empresa tem jeito.”

Fonte:  Revista PEGN / Sebrae-SP

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