A essência do varejo

Resgate do “Novo varejo raiz”

Presente pela 10ª vez na NRF, o coordenador de Varejo do Sebrae RS, Fabiano Zortéa, retornou de Nova Iorque com muita informação e com o desafio de sintetizar tudo o que viu e debateu por lá. Para isso, cunhou a expressão “novo varejo raiz” e agrupou em quatro tópicos as principais tendências que podem fazer sentido para varejistas brasileiros de todos os portes. Confira.

Como você resume a NFR 2023?

Foi uma edição de resgate do varejo raiz. Falamos sobre questões que eu chamo de o novo varejo raiz, que não é repetir o que se fez no passado. Não é isso. É sobre resgatar o que é a essência do varejo e fazer isso muito bem feito. Os debates estavam centrados na empatia pelas demandas dos consumidores, em muitas técnicas para mapear as jornadas e, ao mesmo tempo, também em entender mais sobre gente, sobre pessoas. No meio disso tudo, ou como consequência, discutimos como deve ser o varejo.

E como deve ser o varejo?

Eu tentei organizar o enorme volume de informações em quatro tópicos que dão sustentação para esse novo varejo raiz. O primeiro deles é Varejo Local, porque a pandemia acelerou mudanças importantes na nossa vida e uma delas é que tem mais gente em trabalho remoto ou híbrido, o que fez mudar nossa relação com o consumo também. Um dado da WD Partners mostra que 88% das pessoas no mundo estão comprando mais localmente. Vê-se que há um movimento de migração de negócios para lugares onde não havia uma dinâmica de consumo. Em Porto Alegre, é o caso do 4º Distrito, onde está havendo uma ativação de consumo. E para fazer bem o varejo local, o varejista precisa entender muito bem sobre as dores e valores da região onde ele está instalado. Por exemplo, se ele vende tênis, deve saber se tem consumidores ali que praticam corrida, se ele vende bicicleta, saber se há um movimento no bairro para o pessoal pedalar junto. Dessa forma, ele tem uma chance maior de posicionar a marca dele num lugar especial da mente do consumidor. É muito mais do que pensar estratégias para trazer o cliente para dentro da loja, é fazer parte do fluxo natural daquele local. O pequeno comércio de bairro tem um nível de competitividade grande, porque tem uma história com a localidade, conhece as pessoas, tem uma conexão genuína com as demandas locais.

Leia essa matéria completa acessando aqui a revista do Sindilojas Porto Alegre, Conexão Varejo.