Agentes da Força Nacional chegam ao Rio Grande do Sul para reforçar segurança

Atuação da Força Nacional começa amanhã

Anunciados na sexta-feira, os 120 policiais militares (PMs) da Força Nacional (FN) chegaram ontem a Porto Alegre, em 30 viaturas, para reforçar o trabalho da Brigada Militar (BM) na Operação Avante. A vinda de mais 30 agentes é aguardada durante esta semana. O efetivo ficará alojado na sede do 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM), na avenida Praia de Belas. Hoje, será dia de o grupo fazer o reconhecimento dos principais locais com problemas de segurança pública na Capital, para amanhã, às 6h, já iniciarem sua atuação juntamente com os brigadianos.

Estado promete acelerar medidas contra a violência

A onda de violência culminou no compromisso do governo do Estado de acelerar as medidas previstas no Plano Estadual de Segurança Pública, anunciado no dia 30 de junho. Ainda não há definição sobre quais ações serão agilizadas e se o valor previsto para o plano, de R$ 166,9 milhões, receberá incrementos. "Esse orçamento servirá como base", explica o vice-governador José Paulo Cairoli, que foi incumbido de coordenar o Comitê de Gestão de Segurança Pública enquanto o futuro secretário estadual não é escolhido. O comitê foi criado na sexta-feira pelo governador José Ivo Sartori, para gerenciar o momento de crise no setor.

O assassinato, na quinta-feira, da representante comercial Cristine Fonseca Fagundes, de 44 anos, em Porto Alegre, foi a gota d'água para a permanência do então secretário de Segurança Pública, Wantuir Jacini. Ele foi exonerado no mesmo dia, logo após a morte da mulher, que levou um tiro durante tentativa de assalto enquanto esperava o filho na saída da escola, no bairro Higienópolis. Cristine foi alvejada quanto tentava tirar o cinto de segurança. Sua filha adolescente, que estava no carro, conseguiu correr em direção à escola Dom Bosco e não ficou ferida.

Segundo Cairoli, o governo do Estado admite sua responsabilidade pela segurança pública no Rio Grande do Sul e não aceita a alta criminalidade. "Somos todos pais de família e sabemos da gravidade do que tem ocorrido, embora, quando as estatísticas são analisadas, os números não são tão ruins quanto parecem. Então precisamos nos organizar para cumprirmos essa missão sem perdermos nosso ponto principal, que é o equilíbrio financeiro", destaca. O Estado teve aumento de 34,6% nos índices de latrocínio, em comparação com o ano passado.

Conforme o chefe estadual da Casa Civil, Márcio Biolchi, é preciso aumentar o efetivo, mas também pensar em soluções a longo prazo. "Em um ano, a população carcerária gaúcha aumentou mais de 10%, o que significa que temos 5,8 mil presos a mais do que em 2015. Isso significa que estamos prendendo. Por outro lado, o resultado nos índices de redução da violência não é proporcional. O incremento de efetivo pode ajudar, mas, a longo prazo, não vai resolver a situação", observa.

Além da vinda da Força Nacional, ainda não há definições sobre outras medidas efetivas. No comitê estarão representantes de diferentes secretarias e dos 19 municípios onde 75% dos crimes ocorrem no Rio Grande do Sul, a maioria na Região Metropolitana. "Como a formação do comitê se deu em um momento de muito sentimento e tristeza com a incidência de mais um latrocínio, ao longo dos próximos dias, trataremos de forma mais técnica, para atender ao plano em geral", assegura Cairoli.

 

Fonte: Jornal do Comércio

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