Aposentadoria? Que nada. Mulheres retomam a vida profissional aos 50 anos
Ao completar 50 anos, muitos são os profissionais que já começam a fazer contagem regressiva para a aposentadoria. Porém, na última década, isso tem mudado, principalmente entre as mulheres. Muitas delas…
Ao completar 50 anos, muitos são os profissionais que já começam a fazer contagem regressiva para a aposentadoria. Porém, na última década, isso tem mudado, principalmente entre as mulheres. Muitas delas estão substituindo a tranquilidade da casa por um novo capÃtulo na vida profissional.
Segundo um estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica), a única faixa etária a aumentar a sua participação na população ocupada foi a acima de 50 anos, considerando homens e mulheres e o perÃodo de 2003 a 2007. De acordo com a mesma pesquisa, em abril deste ano, um terço das pessoas acima de 50 anos trabalhava por conta própria.
Empreendendo aos 50
Para a palestrante empresarial e comportamental, Fádua Sleiman, a explicação para que mulheres busquem ter o próprio negócio está na combinação da inclinação dos brasileiros em empreender e no aumento da expectativa de vida no PaÃs.
Porém, Fádua lembra que, mesmo com a experiência e maturidade dos 50 anos, é necessário ter cuidados ao abrir um negócio próprio. “Empreender aos 50 anos tem algumas vantagens, mas se está sujeito à s mesmas armadilhas de começar um negócio do zero em idade mais jovem. São erros comuns entre todos os “calouros” do empreendedorismo deixar de estudar o mercado em que se vai entrar ou não incluir no planejamento de gastos o montante necessário para o capital de giro”, explica.
A empresária também lembra que estratégia importante é o networking, ou a rede de contatos. “É importante que as profissionais, independentemente da idade, prestem mais atenção ao cultivo da rede de contatos”.
Maturidade e crise econômica
Se a crise econômica pode significar um desestÃmulo para os profissionais com mais de 45 anos, devido ao fato de que muitas empresas substituem esses funcionários por pessoas mais jovens, para Fádua, é um perÃodo bom para a aquisição de experiência.
“Uma das sugestões é de que a profissional madura deve demonstrar disponibilidade para atuar como prestadora de serviços, pois desta maneira ela se torna bem mais interessante para a organização, já que não sairá tão cara e contribuirá com sua experiência. Com isso, ela pode voltar ao mercado de trabalho, atuando independentemente”, afirma.