Arrecadação chegará a R$ 1,2 tri

O desembolso médio do trabalhador com impostos poderá chegar a R$ 6,7 mil no final deste ano. Há 62 tributos vigentes no país, embutidos nas mercadorias e serviços, onerando a população que nem sempre vê…

O desembolso médio do trabalhador com impostos poderá chegar a R$ 6,7 mil no final deste ano. Há 62 tributos vigentes no país, embutidos nas mercadorias e serviços, onerando a população que nem sempre vê o retorno desses recursos em investimentos na saúde, educação e segurança pública, por exemplo. O montante corresponde a mais de 12 salários mínimos, no valor atual de R$ 510,00, conforme o estudo elaborado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). O tributo de maior arrecadação individual é o ICMS, que incide sobre o consumo e representa 21% do total de impostos.

“Não faltam exemplos de onde estão embutidos esses valores”, diz o diretor do IBPT, Fernando Steinbruch. Na comida, na higiene pessoal, na limpeza, nas atividades de lazer e entretenimento e serviços em geral. Só neste ano, a carga tributária brasileira chegará a 35,5% do Produto Interno Bruto (PIB), muito acima de países vizinhos como a Argentina (23%) e o Uruguai (20%). Se comparado à Rússia, Índia e China – países que integram o Bric e que se destacam pelo rápido crescimento de suas economias – o Brasil, que também é membro do Bric, tem o maior percentual de imposto sobre o PIB e o menor crescimento econômico.

O total de impostos pagos pelo cidadão ao governo soma R$ 1,1 trilhão até o mês de outubro ante R$ 1,090 trilhão contabilizados durante todo o ano de 2009, pelos dados do instituto. “É muito dinheiro e deverá ser ainda mais quando 2010 terminar, cerca de R$ 1,270 trilhão”, calcula. O valor poderia permitir políticas públicas eficazes, sem necessidade reeditar tributos antigos como a CPMF. Caso seja recriada, representará um acréscimo de R$ 65 bilhões aos cofres federais, com desembolso de R$ 335,00 por contribuinte ao ano.

A Associação da Classe Média (Aclame) vê com surpresa o assunto. “Em nenhum momento os presidenciáveis, durante o período de eleições, sinalizaram com isso. Nenhum apresentou esse discurso porque seríamos radicalmente contra”, enfatiza o presidente da Aclame, Fernando Bertuol. Empresário da construção civil, Bertuol diz que mais de dez impostos incidem sobre uma obra. “Um imóvel do Minha Casa Minha Vida que custa R$ 50 mil poderia sair por R$ 30 mil.”

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