Assembleia aprova aumento da alíquota básica de ICMS

Mais cedo, por diferença de um voto, os deputados já haviam aprovado aumento do imposto sobre bebidas e TV por assinatura

Mais cedo, por diferença de um voto, os deputados já haviam aprovado aumento do imposto sobre bebidas e TV por assinatura

O governo José Ivo Sartori levou a melhor no longo jogo de xadrez com a oposição e aprovou no início da madrugada de hoje o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) até 2018, após 11 horas de sessão na Assembleia Legislativa. Com as galerias cheias e protesto de servidores públicos em frente ao Palácio Farroupilha, 27 parlamentares votaram a favor da proposta e 26 foram contrários à elevação das alíquotas.

Aliados do Palácio Piratini e líderes da oposição travaram longo debate e disputavam até o último instante os votos de deputados que davam sinais de indecisão, como Mário Jardel (PSD), que acabou apoiando o governo. Um dos principais impasses envolveu a bancada comunista. O PC do B obteve liminar garantindo a posse de Junior Piaia no lugar de Manuela D"Ávila, que está em licença-maternidade.

Sem garantia de vitória, o Palácio Piratini cedeu aos apelos do PDT, que exigiu mudança no projeto. Os pedetistas, donos de oito cadeiras, conseguiram estabelecer o prazo de vigência de três anos para o tarifaço. No texto original, não havia essa limitação.

Ainda com objetivo de agradar ao PDT, o governo retirou a urgência dos dois projetos que tratam da extinção das fundações Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps) e de Esporte e Lazer (Fundergs). Ao chegar na Assembleia, Enio Bacci (PDT) disse que conversou pela manhã com Sartori e que o governador ficou "um pouco chateado", mas que estava disposto a aceitar as propostas do partido.

— Somos contra o aumento de impostos. Por isso, acreditamos que ele só de justifica como uma medida emergencial e provisória — disse Bacci, destacando que, como o fim a vigência cai em ano eleitoral, será difícil aprovar a renovação do tarifaço em 2018.

ara garantir a aprovação, o Palácio Piratini também convocou dois secretários do PP eleitos deputados — Ernani Polo (Agricultura) e Pedro Westphalen (Transportes) — para a votação. Eles substituíram suplentes que já haviam anunciado voto contrário.

Com as galerias divididas entre pessoas a favor e contra o aumento do ICMS, ouviam-se vaias e aplausos após as falas dos deputados. De um lado, representantes de servidores e empresários. Do outro, integrantes da Juventude do PMDB, prefeitos e assessores do Piratini. Os grupos trocavam provocações, com gritos de "militância de aluguel" e "culpa do PT", e empunhavam cartazes de deputados.

Nas manifestações, parlamentares cobraram coerência de seus pares. Frederico Antunes (PP) lembrou que o PT, em nível federal, também propõe aumento da carga tributária. O líder da bancada petista, Luiz Fernando Mainardi, rebateu recordando que o PP ingressou na base aliada de Sartori com a condição de que não houvesse alta de impostos.

Mais tarde, os parlamentares também aprovaram o projeto que amplia o limite de uso dos depósitos judiciais para 95% do saldo (hoje, o teto é 85%). Os depósitos são dinheiro de terceiros em litígio judicial guardados para garantir o cumprimento de sentenças. Com a ampliação do "empréstimo" que o Piratini pode fazer na conta, o Executivo terá um socorro para honrar a folha do funcionalismo nos próximos meses.

Fonte: Zero Hora

Veja também

    Noticias

    Nervos de aço: como lidar com os sentimentos frente às tragédias

    Veja mais
    Noticias

    Sindilojas Porto Alegre marca presença na maior Feira de inovação da América L...

    Veja mais
    PesquisaNoticias

    Resultados de vendas do Dia das Crianças: quase 20% dos lojistas venderam mais

    Veja mais
    Noticias

    Sindilojas POA é apoiador da 25ª Construsul

    Veja mais