Associados: Sindilojas Porto Alegre produz uma Cartilha Antigolpe

Documento visa ajudar o lojista a evitar problemas

Os meios de pagamentos digitais trouxeram uma enormidade de facilidades para os lojistas e para os consumidores que ganham mais opções na hora de realizar uma compra – tanto no meio físico quanto no virtual. Porém, isso também é uma oportunidade para que golpistas se aproveitem de fragilidades e do desconhecimento para explorar essas falhas.

É por isso que o Sindilojas Porto Alegre, sempre atento e preocupado com a situação dos lojistas, preparou essa cartilha, que objetiva conscientizar e ensinar aos lojistas sobre os principais golpes que visam as transações financeiras digitais e a como evitá-las.

E lembre-se sempre, caso você acredite que foi vítima de um golpe, ligue imediatamente para o 190 e abra um Boletim de Ocorrência.

-GOLPES:

Golpe do Cartão por Aproximação:

O golpe por cartão de aproximação é uma das armadilhas mais recentes. Nele, o consumidor precisa inserir o cartão na maquininha após um erro na aproximação, e, ao realizar o pagamento, as informações do cartão são roubadas e utilizadas em outros golpes.

Como ocorre o Golpe:

1º Passo – O lojista recebe uma ligação – ou ainda uma visita presencial – de um golpista se passando por funcionário de uma instituição financeira. Nesse momento, o lojista é informado que precisa realizar uma manutenção nos equipamentos.

2º Passo – O lojista é orientado pelo golpista a baixar no computador um programa ou arquivo que lhe foi enviado. Esse programa ou arquivo quando baixo, vai, automaticamente, instalar um vírus no computador. A partir desse momento, qualquer maquininha conectada ao computador por cabo será infectada pelo vírus.

3º Passo – Quando um cliente tentar realizar o pagamento, uma mensagem informando erro na aproximação e solicitando a inserção do cartão é exibida na tela da maquininha. Ao digitar a senha, o vírus, que está no computador consegue ler, todas as informações contidas no cartão e as repassa para os golpistas.

4º – Passo – Após o envio das informações aos golpistas, a maquinha volta a gerar uma mensagem de erro e solicita a realização de uma nova tentativa de pagamento. Essa será legitima e o valor será descontado da conta do cartão e repassado ao lojista.

Em posse das informações do cartão, os golpistas podem realizar transações em outros estabelecimentos físicos ou on-line. Normalmente, com o objetivo de enganar as instituições financeiras, o valor da transação realizada pelo golpista será o mesmo valor da compra no momento em que foram roubados os dados.

Como se proteger?

A principal dica para os lojistas é a prevenção. Por isso, seguem algumas dicas essenciais:

– Nunca passe qualquer informação pessoal quando estiver atendendo uma ligação. Empresas nunca entrarão em contato telefônico ou por e-mail para confirmar ou solicitar dados.

– Nunca instale programas ou arquivos enviados por e-mail enviados por um destinatário que você não conhece.

– Caso fique em dúvida quanto a legitimidade de uma ligação ou e-mail, desligue a chamada ou ignore o e-mail e ligue para o SAC da empresa que lhe presta serviço a fim de confirmar a veracidade das operações.

Chargeback

O Chargeback é a contestação por um cliente de uma venda online que foi realizada em cartão de crédito ou débito. Nela, o cliente que já está com o produto em mãos, solicita a devolução do valor pago à operadora do cartão alegando que o produto não foi entregue.

Como ocorre o Golpe:

1º Passo – Uma compra online é realizada utilizando cartão de débito ou crédito.

2º Passo – Com o produto em mãos ou um pouco antes de receber o produto, o comprador solicita o estorno da sua compra, alegando que ela não foi recebida ou que seu cartão foi roubado.

3º Passo – O lojista tem os valores da compra retidos pela operadora do cartão.

Com uma contestação, todos os valores devidos ficam sob responsabilidade do lojista, inclusive o risco de não reaver o produto enviado. Há também o risco disso interferir na imagem da empresa diante das operadoras que prestam serviços de pagamento.

Como se proteger?

A principal dica para os lojistas é a prevenção. Por isso, seguem algumas dicas essenciais:

– Construa um cadastro completo para suas vendas on-line e utilize plataformas que permitam a verificação de IP, localização e dispositivo pelo qual se realizou a compra.

– Privilegie outras formas de pagamento como boleto e Pix.

– Terceirize suas vendas com cartão. Outras plataformas, como Mercado Pago e Paypal, garantem a segurança tanto do consumidor quanto dos lojistas.

– Sistemas antifraude são um bom investimento, principalmente para lojas que transacionam valores mais altos. Essas ferramentas permitem realizar uma análise dos perfis e avaliar os riscos das transações.

Emissão de cartões no varejo

Os golpistas solicitam, com dados falsos, a emissão de cartões de crédito em lojas que oferecem essa facilidade.

Como ocorre o Golpe:

1º Passo – O golpista solicita um cartão de crédito se utilizando de dados de terceiros sem o conhecimento desses.

2º Passo – Ao realizar compras com esse cartão, o prejuízo recaí sobre a pessoa que teve seus dados roubados e sobre o estabelecimento comercial que emitiu o cartão.

Se aproveitando das facilidades e vantagens oferecidas pelo varejo com um cartão de crédito próprio, os golpistas realizam compras de nome de terceiros, deixando o prejuízo para quem teve seus dados clonados e para o varejista que emitiu o cartão.

Como se proteger?

A principal dica para os lojistas é a prevenção. Por isso, seguem algumas dicas essenciais:

– Verifique a situação cadastral do solicitante na Receita Federal e empresas responsáveis por averiguar o crédito.

– Solicite informações cadastrais completas e comprovantes, como o de residência.

– Mantenha um setor específico para cuidar das emissões de cartão e verificar as informações prestadas.

Troca da maquininha

O lojista tem sua maquininha trocada durante uma tentativa de compra ou em uma abordagem falsa.

Como ocorre o Golpe:

1º Passo – O golpista recebe a maquininha para realizar o pagamento de uma compra. Uma outra possibilidade, é um golpista se passar por um técnico e solicitar a troca da maquininha para a manutenção.

2º Passo – Utilizando um comparsa ou um momento de distração, ocorre a troca da maquininha por uma outra idêntica, mas que tem a conta vinculada a um outro golpista.

3º Passo – Enquanto o lojista não perceber que a maquininha foi trocada, todas as transações financeiras serão repassadas aos golpistas.

Utilizando técnicas de engenharia social, os golpistas se aproveitam de um momento de fragilidade e de distração do lojista para realizar a troca da maquininha. A fraude pode ser difícil de ser detectada.

Como se proteger?

A principal dica para os lojistas é a prevenção. Por isso, seguem algumas dicas essenciais:

– Caso sua maquininha seja móvel, considere colocá-la em um ponto fixo de pagamento, ou, sempre manter ela na sua mão ou em local visível durante a transação.

– Lembre-se sempre de manter contato com a empresa da sua maquininha, verificando a veracidade de qualquer ocorrência.

Inserção de Dados Falsos no Link de Pagamento

 O golpista realiza o pagamento de uma compra através do link de pagamento usando um cartão de crédito clonado e dados roubados.

Como ocorre o Golpe:

1º Passo – O golpista inicia o processo de compra via redes sociais, normalmente WhatsApp, e solicita como forma de pagamento o link de pagamento. O golpista pode usar imagens e nomes que evitem levantar suspeitas, como pessoas mais velhas e nomes religiosos.

2º Passo – Após receber o link, o golpista insere dados roubados e clonados do cartão de crédito.

3º Passo – O golpista, normalmente, enviará um motorista de aplicativo para retirar o produto. Com a compra em mãos, o golpista pode tentar novas aquisições até que o limite do cartão clonado seja estourado.

4º Passo – A vítima ou o banco, ao perceber as transações, congela os pagamentos, deixando o lojista no prejuízo dos produtos enviados.

Aproveitando-se da facilidade do link e da disponibilidade das lojas de realizarem uma entrega personalizada, o golpista se utiliza de dados roubados e clonados para adquirir os produtos e, basicamente, impossibilitando o retorno dos bens entregues.

Como se proteger?

– Evite enviar o link de pagamento para pessoas que não são consumidores recorrentes.

– Se possível, garanta que o comprador, o portador de cartão e quem vai retirar ou receber a mercadoria seja a mesma pessoa. O golpista pode usar uma identidade falsa ou roubada.

Para visualizar a cartilha, clique aqui e faça o download do material.