Atacado e varejo do RS têm segmentos com vendas acumuladas em mais de 30% no ano

O Índice de Vendas do Comércio do RS (IVC-RS) mostrou que, tanto no varejo quanto no atacado, dois segmentos do comércio estão com destaque no volume de vendas no acumulado do ano – período janeiro a…

O Índice de Vendas do Comércio do RS (IVC-RS) mostrou que, tanto no varejo quanto no atacado, dois segmentos do comércio estão com destaque no volume de vendas no acumulado do ano – período janeiro a julho. No setor varejista, é do grupo material para escritório, informática e comunicação o maior crescimento quando comparado a 2007: 32,9%, um aumento de 7,6 pontos percentuais em relação ao período anterior. No atacado, o destaque vem do grupo máquinas, aparelhos e equipamentos, que passou de um acumulado de 13,5% em 2007 para um estrondoso crescimento de 35,8% em 2008.

Conforme a avaliação do assessor econômico da Fecomércio-RS, Carlos Cardoso, no caso do varejo, os números foram fortemente puxados pelas vendas de computadores. Segundo Cardoso, incentivos fiscais do governo federal baratearam esta compra, que passou a fazer parte dos lares brasileiros e das empresas. “Em meados de 2007 o governo federal isentou impostos como PIS e Cofins para equipamentos com preços de até R$ 4.000,00. Isso fez com que os preços para os consumidores tivessem uma expressiva queda, o que impulsionou a procura pelo item”, acredita.

Ainda na linha dos materiais para escritório e informática, o assessor explica que a maior venda de computadores acabou estimulando outros negócios, como internet, acessórios e periféricos. Mas ele explica que a crise pela qual o mundo está passando irá afetar de alguma forma as vendas do segundo semestre. “Este é um setor diretamente alavancado pelo crédito. O encarecimento deste crédito poderá fazer as parcelas ficarem mais caras, o que trará uma desaceleração para o setor na segunda metade do ano. Ainda assim o ano deve terminar com números positivos”, destaca.

No caso atacadista, segundo Cardoso, as boas vendas de máquinas, aparelhos e equipamentos reflete a preocupação das empresas em adquirirem bens de capital para qualificarem a sua produção. “Com esses investimentos os negócios conseguem vender um produto com maior valor agregado”, explica. O economista ainda avalia como importante o fato de este volume de vendas ser tão alto frente a um ano de comparação forte, como foi o caso de 2007.

Para Cardoso, o bom momento econômico vivido pelas empresas brasileiras e gaúchas nesse primeiro semestre estimulou a busca por melhorias das empresas, por isso os ótimos resultados no atacado. “As empresas atacadistas de bens de capital tiveram um grande momento. Entretanto, dificilmente o resultado se repetirá no segundo semestre, pois a economia como um todo está em compasso de espera”, finaliza.

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