Audiodescrição: E-book Para Além dos Padrões
Pela primeira vez, o Sindilojas Porto Alegre disponibiliza um de seus e-books com audiodescrição. Acesse o conteúdo sobre Moda Inclusiva.
Bem-vindo ao primeiro e-book do Sindilojas Porto Alegre com audiodescrição! É um prazer tê-lo aqui. Aproveite o conteúdo e comente nas nossas redes sociais o que você achou da iniciativa!
Título: Para além dos padrões
Moda Inclusiva – Como a empatia pode fazer seu negócio prosperar
#pracegover Na imagem ilustrativa de capa vemos uma menina de cabelos morenos e compridos, usando um boné, um moletom e uma bermuda jeans. Posa para a imagem com um semblante tranquilo e possui uma prótese na perna direita. O visual do e-book é composto pelas cores verde e roxo, e as imagens possuem um filtro azul escuro, de forma a compor as demais cores presentes.
Metodologias utilizadas
Quantitativa, com amostra representativa da população de Porto Alegre (350 casos e 5,2% de erro); qualitativa, com entrevistas em profundidade com especialistas e simpatizantes do ramo e desk research, pesquisa de dados e conteúdos secundários em revistas, artigos, blogs e sites da internet. #pracegover Na ilustração à direita, vemos um esportista cadeirante que sorri para a foto. Carrega uma bola de vôlei consigo, vestido com roupas esportivas em tons escuros, tem o cabelo cacheado e comprido e está posando para a foto em uma quadra de esportes.
Introdução
Pessoas com deficiência representam 15% da população mundial, e, no Brasil, 23,9% da população tem, pelo menos, um tipo dela (Fonte: Censo 2010 – IBGE). Em uma sociedade diversa e plural, podemos compreender a moda como um veículo de expressão de ideias e de afirmação das personalidades de cada um, de forma que o valor simbólico das roupas se faz tão importante quanto a sua funcionalidade.
A população deficiente e minoritária é, por vezes, excluída do universo da moda, restrito àqueles com a modelagem padrão. É nesse sentido que acompanhamos o surgimento da Moda Inclusiva: para possibilitar uma mudança na consciência coletiva, investindo na qualidade de vida e na integração social e promovendo um sentimento de bem-estar a todos aqueles que querem se fazer presentes nela, não importando as diferenças. Como conceito importante em uma realidade em constante transformação, a inclusão é o tema deste e-book. Ficou curioso? Então, vem com a gente!
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Moda Inclusiva é uma proposta integradora de desenvolvimento ou adaptação de vestimentas com o objetivo de promover a inclusão e propor uma adesão das marcas em relação à causa. Trata-se de uma moda destinada a todos aqueles que enfrentam dificuldades de encontrar roupas adequadas ou desejadas.
Citação: “Moda inclusiva é a roupa pensada para todo mundo. Tu podes usar uma roupa e a pessoa cadeirante pode usar a mesma. Vai ter um recorte diferenciado, uma abertura, mas que acaba virando estilo pra pessoa que não tem deficiência.” – Vitória Cuervo, estilista de Moda Inclusiva
Citação: “Quando a gente inclui, a gente mostra a diversidade, e isso é importante. Você trabalha não só a questão dos diferentes corpos e moldes, mas também a autoestima. A moda não é só uma peça de roupa: ela é atitude, uma história, uma arte e também uma educação.” – Heloísa Rocha, ativista e influenciadora de Moda Inclusiva
Carregada com valores estéticos que valorizam a beleza e os corpos-padrão, a moda tradicional tem como consequência a exclusão de alguns grupos. O movimento de integração das minorias propõe mudanças na sociedade como um todo, de forma que, através da compreensão, ela se transforma e promove mudanças na mentalidade de todos, implementando o respeito e a empatia como pressuposto para a cidadania. #pracegover Na imagem ilustrativa da página, vemos à esquerda do texto uma modelo plus size que veste uma camiseta branca e uma camisa e calça jeans. Ela possui uma prótese na perna direita, tem o cabelo moreno preso e posa com a mão esquerda no bolso da calça, sorrindo.
Citação: “Não é o limite individual que determina a deficiência, mas sim as barreiras existentes nos espaços, no meio físico, no transporte, na informação, na comunicação e nos serviços.” (Fonte: Diversa – Educação Inclusiva: Por Onde Começar?)
Citação: “Assim como as grávidas tiveram suas roupas adaptadas, o segmento plus size ganhou espaço pois tinha demanda, nós temos um público que precisa ser ouvido.” (Fonte: Casa Adaptada – Moda inclusiva: conheça a moda pensada para todas as pessoas com deficiência)
Diversidade dos corpos
Seja por dificuldade de mobilidade, por vestir tamanhos maiores ou possuir alguma característica física que requer modificações nas roupas, a moda inclusiva é para todos aqueles que questionam os padrões de beleza impondo sua autoestima como forma de superar as adversidades. #pracegover Na imagem ao lado do texto, vemos uma moça sentada em uma escada branca, usando touca e agasalho preto de inverno. Tem cabelos longos e morenos e segura uma garrafa de água. Ao fundo, vemos uma bolsa esportiva. A moça também possui uma prótese na perna direita.
Citação: “Eu acho que todo mundo tem o direito de vestir o que gosta. […] É um movimento importante porque todo mundo tem o direito de ter acesso a um vestuário acessível e diverso. Todos iguais com suas diferenças.” – Vitória Cuervo, estilista de Moda Inclusiva
Experiência do vestuário
Vestir uma roupa é sentir-se pertencente a sociedade, e estar em sintonia com as tendências é acompanhar as mudanças sociais conforme elas acontecem. Dessa forma, a moda é o recurso mais evidente de inclusão: o ritual de adquirir uma peça, ou seja, a experiência do vestuário se materializa quando encontramos uma roupa que nos satisfaça. #pracegover O modelo cadeirante posa para a foto sorridente em uma camisa jeans clara, calças pretas e tênis da mesma cor. Está com uma das mãos sobre o joelho e a outra no topo da roda da cadeira.
Citação: “Falta a sensibilização de algumas marcas que já têm sua estrutura montada, ou seja, magazines ou lojas um pouco mais conhecidas, que entendam que a moda inclusiva é possível dentro da produção que a marca já tem.” (Fonte: Agência Brasil – Moda inclusiva leva autonomia e autoestima para pessoas com deficiência)
Citação: “A moda é tão presente no nosso dia a dia, mas é feita para um padrão encaixotado, aquele manequim alto e magro, o que é um absurdo. Já passou da hora de mudar.” (Fonte: UOL – Moda também é para deficientes)
No que diz respeito às minorias no mundo da moda, atender às reivindicações deste público é uma responsabilidade social, pois são consumidores como todos os outros, e merecem peças que atendam aos seus desejos e necessidades. As grandes lojas, por exemplo, poderiam passar a investir em peças de vestuário adaptado, mesmo que a seção não seja grande, como sugere a estilista entrevistada. Isto estimularia outras marcas a fazer o mesmo, assim como aproximar esta questão dos demais consumidores. #pracegover Como ilustração, vemos uma moça da cintura para baixo que possui uma prótese e veste shorts jeans e tênis branco, posando com as mãos no bolso do shorts.
Citação: “No caso da pessoa com deficiência, ela se vê obrigada a comprar peças e fazer adaptações caseiras que muitas vezes não ficam bonitas. Comprar acaba sendo uma necessidade desagradável. Usar uma roupa que você goste deveria ser um prazer, e não é.” – Heloísa Rocha, ativista e influenciadora de Moda Inclusiva
Nesse sentido, alguns dados são relevantes: 77,7% dos consumidores de Porto Alegre comprariam de uma marca que oferecesse roupas adaptadas além de modelos convencionais, e 92,8% consideram importante ou muito importante a inclusão das minorias na moda (Fonte: Pesquisa quantitativa realizada com amostra representativa da população de Porto Alegre pelo Sindilojas Porto Alegre para este estudo.) #pracegover Vemos uma modelo cadeirante, de cabelos loiros, vestindo um moletom preto com dizeres verticais em inglês na cor branca. A calça tem a parte de cima escura e, do joelho para baixo, tem detalhes jeans com velcros. A modelo posa em um fundo neutro e expressa um leve sorriso. Na página seguinte podemos ver um modelo com nanismo, posando em um fundo de praia. Ele veste uma camisa branca básica, um colete na cor cinza por cima, uma calça jeans escura e tênis estilo All-Star na cor preta. Tem um semblante feliz.
A importância da representatividade
Minidocumentário – Meu corpo é real: Com a proposta de tornar a moda mais democrática, a idealizadora do projeto Meu Corpo é Real Michele Simões desenvolve um trabalho de consultoria no desenvolvimento de produtos adaptados ao público deficiente e busca disseminar a empatia por onde passa. O vídeo está disponível na plataforma Youtube, e capta depoimentos de pessoas enquanto participam de uma sessão de fotos, demonstrando um tom sensível à questão.
O ambiente online
A adaptação dos ambientes físicos das lojas é essencial para que o cliente que possui alguma deficiência ou necessidade especial se sinta bem recebido. Além disso, devemos compreender a compra também a partir da plataforma online: recursos de acessibilidade como a narração dos textos da página, tradução destes para libras e espaços simplificados que atendam àqueles com deficiência intelectual são incrementos simples, mas que farão toda a diferença para este público.
Citação: “Hoje, a pessoa com deficiência está muito mais na internet do que nas ruas por conta das barreiras de acessibilidade que a gente encontra. Então, é um ambiente que deveria ser favorável às compras.”- Heloísa Rocha, ativista e influenciadora de Moda Inclusiva
Adaptar mantendo a estética
Unir as necessidades funcionais destas minorias, como peças com fechamento em velcro, tecidos mais leves e maleáveis, calças projetadas de forma a eliminar o excesso de tecido atrás do joelho para o conforto do cadeirante, etiquetas das roupas escritas também em braile e peças plus size que realmente sirvam números maiores, aos gostos individuais, são pequenas adaptações que fazem com que estes se sintam mais integrados ao mundo da moda. #pracegover Nesta página vemos a modelo cadeirante com calças de velcro demonstrando a praticidade da peça: ela usa as tiras em velcro para puxar a perna para si, aproximando-se do têncis. A modelo está sentada e vemos apenas sua cintura, focando nos detalhes da roupa.
Citação: “Nunca pensaram no segmento de moda para pessoa com deficiência. Temos muitas iniciativas na área da saúde, no mercado de trabalho, mas como a moda é vista por alguns como algo supérfluo, acaba em segundo plano. […] Queremos ter um estilo, assim como todos.” (Fonte: Instituto Rio Moda – Moda inclusiva: pessoas com deficiência são deixadas à margem pela indústria da moda)
Atualmente, o grande problema em adquirir estas roupas se mostra na falta de cuidado com as questões de estilo. Elas são produzidas unicamente para serem úteis, mas acabam por projetar ainda mais a diferença, já que não seguem as tendências e são pouco elaboradas em questão de estética. Os deficientes e minorias não querem peças “especiais”, mas que elas sejam adaptadas também para representar sua personalidade. #pracegover Uma modelo cadeirante tem as mãos elevadas na cabeça posando para a foto com um sorriso. Veste um macacão jeans com diversas adaptações, como tiras em velcro, um cinto do mesmo tecido, e as pernas da peça são construídas de modo a ter uma abertura na parte de trás do joelhos, evitando que o excesso de tecido machuque o usuário. O macacão possui um capuz com um tecido estampado em preto e branco.
Citação: “É assim: as peças devem ser funcionais, práticas, confortáveis e bonitas esteticamente. A ideia é sempre facilitar, e são os pequenos detalhes que fazem a diferença.” Vitória Cuervo, estilista de Moda Inclusiva
Case: Tommy Hilfiger e Runway of Dreams
Em 2016, a renomada marca de roupas Tommy Hilfiger, em parceria com a ONG Runway Dreams, projetaram peças inclusivas com adaptações nos modelos-padrão da marca, levando em consideração a praticidade, facilidade, independência e estilo daqueles que as vestem. A ONG acredita que as pequenas mudanças nas roupas podem ser feitas sem grande alteração no processo de produção, fazendo com que o preço se mantenha similar aos das demais coleções. A marca continuou com o projeto, e as peças adaptadas podem ser compradas pelo site, que possui espaço para recolher sugestões do público de outras alterações que possam ser incluídas na coleção. #pracegover A coleção tem como modelos pessoas com membros amputados, cadeirantes e portadores de síndrome de Down. Eles vestem peças lisas, com cores básicas que remetem à marca: vermelho, azul marinho, branco e cinza. As fotos foram tiradas em um estúdio com fundo azul suave, e os modelos apresentam aparência feliz.
Citação: “A informação é o primeiro caminho para a quebra de estereótipos, e se passarmos a pensar na moda como algo muito além do vestuário, algumas mudanças serão possíveis; a começar pela aceitação de corpos reais em nossa sociedade.” (Fonte: Website Meu Corpo é Real – Minidocumentário)
Citação: “É preciso mostrar que a peça adaptada não vai custar mais do que uma peça convencional. Mostrar que ela vem de encontro com esse slow fashion, […] comprar uma peça que dure mais e que te atenda. É despertar para isso.” (Fonte: Instituto Rio Moda – Moda inclusiva: pessoas com deficiência são deixadas à margem pela indústria da moda)
Quem é perfeito?
A empresa suíça Pro Infirmis, uma organização que oferece serviços de assistência, promoveu a representatividade ao divulgar uma propaganda na qual esboços de pessoas reais, com deficiência, são transformadas em manequins. O emocionante projeto repercutiu no mundo todo, e convida a repensar nosso conceito de “perfeição”. #pracegover No vídeo, pessoas portadoras de deficiência são convidadas a um estúdio no qual um desenhista tira suas medidas para então produzir manequins iguais aos modelos. Os modelos se emocionam ao ver suas silhuetas representadas em símbolos dos padrões de beleza convencionais, e o vídeo termina com estes manequins sendo substituídos pelos anteriores nas vitrines de lojas de rua.
Case: Livanz (@livanzoficial)
A marca de roupas com foco no design contemporâneo vai muito além da inclusão: foca na autoestima. As peças, que possuem adaptações para a praticidade do usuário, também contam com etiquetas em braile e com o convite para pensarmos para além da nossa zona de conforto. #pracegover Nas fotografias, vemos modelos cadeirantes e com nanismo vestindo as roupas da marca, coloridas e estampadas, em tons de verde musgo, laranja vivo e vermelho. Usam brincos e sapatos com as mesmas cores. As fotografias foram tiradas ao ar livre, e a paisagem neutra compõe as peças divertidas. As modelos estão maquiadas com tons de azul e laranja e apresentam um semblante tranquilo com um leve sorriso.
Case: Leppé (@leppecalcados)
Trabalhando com numerações do 32 ao 43, a marca de calçados inclui modelos para pessoas com nanismo ou baixa estatura, plus size e outras minorias, pois a forma é desenhada para ser mais alta na parte superior. São sapatos estilosos e que todos podem usar. #pracegover Nas fotografias ilustrativas do case vemos três modelos de sapato, o primeiro, um coturno em cor vinho com amarrações até a altura do tornozelo. A mulher que o veste está sentada em uma janela da cor amarela com detalhes de arabescos também amarelos ao fundo, e tem os pés apoiados na parte vertical da parede, de modo que vemos apenas suas pernas, sua saia amarela mostarda e o sapato. A segunda fotografia apresenta um coturno da cor preta, também com amarrações. A modelo plus size está abaixada, vestindo-o, em um fundo desfocado que remete à natureza por ter como cor predominante o verde escuro. Ela veste uma calça legging preta, uma jaqueta de couro também preta e um lenço estampado com as cores vermelha e branca. Por fim, a terceira imagem mostra uma modelo com nanismo que calça uma sapatilha vermelha com um laço na parte de cima, possuindo textura brilhosa. A fotografia tem como fundo um tapete felpudo branco, e foi tirada de cima de forma a recortar apenas os pés que vestem o modelo de sapato da marca.
Empoderar para incluir
Heloísa Rocha (@modaemrodas) é apaixonada por moda, e usa o Instagram para se aproximar de outras mulheres com deficiência, buscando a troca de experiências, incentivando a autoestima e dando dicas sobre moda. É ativista da causa, e acredita no poder da internet de conscientização para as causas sociais importantes. #pracegover Na foto de Heloísa, ela está sentada em sua cadeira de rodas e olha para a câmera com um leve sorriso. Veste um casaco bege, uma calça jeans levemente rasgada nos joelhos, uma blusa branca e um lenço marrom com a estampa animal print. O fundo é de árvores da cor verde escura e está desfocado, de modo a dar destaque para a modelo.
Vitória Cuervo (@outudooumoda) desenvolveu seu primeiro trabalho de adaptação de roupas para deficientes físicos ao final de sua faculdade de moda. A partir daí, já promoveu diversas coleções e desfiles, no qual desfilou uma modelo cadeirante pela primeira vez. Envolvida em vários projetos na área, a estilista defende o direito de todos vestirem o que gostam. #pracegover Na foto, vemos o rosto de Vitória em um enquadramento de perto. Tem uma expressão de ousadia e podemos ver uma maquiagem ao redor do olho da cor preta. Posa também em frente a um fundo de árvores e veste uma blusa multicolorida.
Coletivo Quem São Elas (@coletivoquemsaoelas) formado por Camila Bueno, Silvana Louro, Isadora Meirelles, Vitória Cuervo e Heloísa Rocha, o coletivo une representatividade e mão na massa, promovendo eventos e cursos em prol da moda adaptada e de uma comunicação inclusiva que atenda a todos. #pracegover Na foto, Silvana, uma senhora de cabelo loiro e solto, está em pé e veste uma camiseta branca com dizeres em braile e uma calça preta, larga. Vitória está com metade do cabelo preso em um coque, com um vestido multicolorido com fundo escuro e estampas circulares em amarelo, rosa, roxo e azul e uma meia-calça arrastão e um coturno preto. Heloísa está sentada em sua cadeira de rodas, vestindo uma blusa larga em gola canoa da cor azul marinho, uma calça jeans branca e sapatilhas também na cor branca, com cabelos castanhos soltos. Isadora está sentada no chão e veste a mesma blusa em braile. Veste também uma saia preta curta e rodada e um tênis casual colorido com cadarços vermelhos. Camila também está sentada, de frente para Isadora, está com o cabelo solto e veste um vestido preto longo. As meninas posam para a foto transmitindo o empoderamento que defendem. Posam em um fundo branco neutro, e a parede possui algumas plantas para ambientação.
Sinead Burke (@thesineadburke) é escritora, professora, radialista e editora da British Vogue, e vem revolucionando e inspirando o mundo da moda através de seu discurso. No vídeo, ela apresenta as dificuldades cotidianas de ter 1,05m de altura, e como o design deveria ser realmente inclusivo. Sob sua perspectiva, ela aponta que a moda ainda não está preparada para a diversidade, e chama os espectadores a adotarem uma perspectiva mais empática com o próximo. O vídeo proposto é uma apresentação de Sinead no evento TedX, e está disponível no Youtube para ouvir.
Citação: “Eu, muitas vezes, esqueço que sou pequena. O espaço físico e a sociedade é que me lembram.” (Fonte: Vídeo – Por que o design deveria incluir todos)
Dicas para os lojistas
É importante ter em mente que reduzir as barreiras da acessibilidade beneficia a todos, e pensar para além dos padrões, tanto no atendimento quanto na gama e produtos oferecidos é uma oportunidade de aproximação de projetos de inclusão social e de satisfazer o público deficiente e minoritário. A população ainda não tem conhecimento destas marcas e, por isso, é uma oportunidade de atender ao público minoritário ao mesmo tempo que divulga a marca para que mais pessoas a conheçam.
Dados: Apenas 13,1% sabem o que é Moda Inclusiva, e, mesmo quando explicado o conceito, apenas 14,3% conhecem marcas que oferecem estes produtos. (Fonte: Pesquisa quantitativa realizada com amostra representativa da população de Porto Alegre pelo Sindilojas Porto Alegre para este estudo)
Dica 1: Usar a internet ao seu favor. Fazer uso de ferramentas como a cartilha da acessibilidade e as descrições das imagens compartilhadas nas redes com a #pracegover.
Dica 2:Representatividade permanente. Promover campanhas de representatividade de uma forma contínua, e não apenas nas Datas Comemorativas.
Dica 3: Ambientação acessível. Investir em ambientes acolhedores com espaços maiores para circulação e atendimento empático, bem como ferramentas de acessibilidade na loja virtual.
Dica 4: Produtos como diferenciais. Vender vestimentas projetadas para o público ou oferecer serviço de ajuste nas peças da loja poderá ser um diferencial. (Baseado em: Blog Novas Narrativas – 4 atitudes para tornar sua marca de moda inclusiva)
Citação: “Faz alguma coisa também dentro da tua empresa, independentemente de qual a área. Seria o máximo se as lojas tivessem contato com essas pessoas que estão fazendo as peças para, de repente, quando a pessoa compra uma roupa, poder adaptar, ter tipo uma consultoria.” – Vitória Cuervo, estilista de Moda Inclusiva
Citação: “Toda vez que você vir alguma campanha ou uma loja que trabalhe com esse público, valorize essa loja. Fazendo isso, é instantâneo que outras pessoas comecem a valorizar também.” – Heloísa Rocha, ativista e influenciadora de Moda Inclusiva
#pracegover A imagem final mostra uma modelo cadeirante de cabelos morenos presos em um coque vestindo um suéter estampado com flores de cor clara, uma calça preta e um sapato de salto estilo sandália, com aberturas e tiras da cor preta. Ela tem o braço esquerdo apoiando a cabeça, e sorri para a foto.
E você, o que vai fazer pela inclusão hoje?
Núcleo de Pesquisa | Sindilojas Porto Alegre