Aumenta o número de carros importados nas ruas

A Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos (Abeiva), que reúne as companhias que não produzem no Brasil, aponta que, em todo o país, foram emplacados 11.830 veículos em setembro,…

A Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos (Abeiva), que reúne as companhias que não produzem no Brasil, aponta que, em todo o país, foram emplacados 11.830 veículos em setembro, crescimento de 150,5% em relação a igual período de 2009. No acumulado do ano, são 72.082, aumento de 159,9%. No Estado, o avanço anual é um pouco mais modesto, mas, ainda assim, expressivo: 108,3%. Se for somado os veículos importados por montadoras nacionais, o volume sobe expressivamente. Empresas como Ford, Renault, General Motors, Volkswagen, Peugeot e Citroën aproveitam os acordos de livre comércio com a Argentina e o México para importar com tributação zero. Nos primeiros nove meses, foram 336,2 mil veículos, crescimento de 34,9%.

Entre as principais razões para a expansão do mercado, estão a desvalorização do dólar e o forte ritmo da economia brasileira. O cenário favorável é reforçado pelas melhores condições de financiamento e as taxas de juros cobradas, em torno de 1,5% ao mês. Modelos mais baratos, da Coreia do Sul e da China, também incentivam a importação.

— Há cinco anos, só se ofereciam importados de valor elevado — lembra Hugo Pinto Ribeiro, presidente do Sindicato Intermunicipal dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado (Sincodiv/RS). Na avaliação do gerente comercial da Süd Motors, Telmo Emerim, a diferença menor de preços entre o nacional e o carro trazido de outros países estimula o comprador a pagar um pouco mais para ter um importado na garagem. É o que fez o funcionário público Felipe Weber, de Porto Alegre, que, em março adquiriu seu primeiro carro. Depois de comparar cinco modelos, ficou com o único importado da lista. Entre as exigências, estava um veículo com mais acessórios de fábrica e câmbio automático. Weber acredita que o dólar baixo ajudou a tornar o preço do importado mais competitivo e atraente. — Os preços eram muito semelhantes, mas o acabamento do importado era superior — explica Weber.

Nas revendas, dependendo do carro, há fila de espera

A escolha tem provocado recordes de vendas em algumas concessionárias. Na Eurobike na Capital, por exemplo, a marca Audi teve crescimento de mais de 100%. Em outubro, a Savarauto vendeu 94 importados, ante a média de 70 veículos por mês. No mesmo período, a Guaibacar negociou 58 automóveis, o maior número desde a abertura da revenda, em 1991. Mas a forte expansão pode atrasar a entrega dos veículos. Algumas revendas trabalham com lista de espera. Na Süd Motors, o tempo para receber o carro varia conforme o modelo comprado. Veículos previstos para chegar às lojas em dezembro já estão sendo vendidos, e ainda há casos de modelos específicos, que serão entregues apenas em abril de 2011. Na Eurobike, o tempo médio de espera é de 90 dias.

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