Bill Moraes destaca a importância de saber balancear o que é urgente de importante para alcançar resultados esperados

Mudança coletiva de comportamento foi tema de palestra no Congresso Brasileiro do Varejo, durante a 9ª FBV.

Foto: J.A. Produções

As empresas que pretendem se tornar referência em seus segmentos e desejam uma mudança coletiva interna precisam pensar além de investimentos em treinamentos e palestras. É o que afirma o co-autor do livro As 4 Disciplinas da Execução, Bill Moraes. O executivo ministrou, na tarde desta quarta-feira, na 9ª FBV, a palestra Gestão: Como alcançar resultados que demandam mudança coletiva de comportamento.

O escritor considera que mudar o comportamento coletivo das empresas não é uma tarefa fácil. A dificuldade geralmente está em fazer uma distribuição adequada entre as atividades para manter as portas das organizações abertas, o que é considerado uma demanda urgente, e as metas estabelecidas para chegar a uma mudança de comportamento, o que não é urgente, porém importante.

Para o palestrante, além do investimento financeiro que deve ser feito, é preciso provocar a mudança no comportamento interno da organização. “O problema está muito mais no ambiente de trabalho, é isso que precisa mudar. 85% das equipes não mudam o comportamento apenas com treinamentos, e um bom líder precisa entender isso”, apontou.

“Descobrimos a raiz de não haver uma mudança de comportamento: as pessoas estão ocupadas em manter as portas abertas. Mas precisamos unir essas duas forças – o que é urgente e o que é importante – e não colocá-las uma contra a outra”, afirmou. Moraes salienta que a mudança de comportamento deve ser implementada em todos os níveis de uma organização e não ficar segmentada por equipes ou hierarquias.

Para ele, a solução para alcançar os resultados desejados está em quatro disciplinas de execução, as quais devem funcionar em sequência. A primeira é o foco. “Sem foco no que importa não se consegue mudar o comportamento. Não é possível ter foco quando se tem muitas metas para alcançar”, explicou. A segunda é atuar com medidas de direção, isto é, ser inteligente no momento de colocar em prática a teoria e executar as mudanças desejadas. “Há uma imensa diferença entre conhecer uma ação e conhecer os dados por trás desta ação, é necessário pensar em como mudar e não só no que mudar”, pontuou.

Moraes chama a terceira disciplina de “manter um placar envolvente”, uma métrica que pertence à equipe e não ao líder. O ministrante destacou que quando os colaboradores de uma organização são os responsáveis, eles se sentem donos e se engajam ainda mais. “É uma métrica que não é do líder, é da equipe. O que é isso? Deve ser simples, altamente visível e conter as metas e prioridades. É preciso mostrar se a equipe está vencendo ou perdendo. Isso torna um placar envolvente dos jogadores”, explicou.

Por fim, a última técnica a ser implementada é a de cadência de responsabilidade. A equipe deve se reunir periodicamente para analisar os resultados. Neste momento, os colaboradores precisam prestar contas do que já foi feito, revisar e atualizar os dados e assumir compromissos a serem realizados. “É algo simples, mas está longe de ser simplista. Se colocar isso toda semana, quiçá diariamente, gerará resultados positivos e uma mudança de comportamento coletiva”, finalizou Moares.

 

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