BM e lojistas terão celulares contra crime
A Brigada Militar e os lojistas do centro de Porto Alegre ganharão hoje um instrumento de aproximação. A pé e em viaturas, policiais militares terão 51 telefones para atender aos chamados de comerciantes e…
A Brigada Militar e os lojistas do centro de Porto Alegre ganharão hoje um instrumento de aproximação. A pé e em viaturas, policiais militares terão 51 telefones para atender aos chamados de comerciantes e prestadores de serviço da região.
Os aparelhos serão cedidos pelo Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas), por meio de uma parceria entre a entidade e o 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM). O investimento previsto é de R$ 60 mil pelo aluguel dos celulares por 12 meses.
– O ideal é que não fosse necessário esse gasto, mas é um dinheiro bem investido porque, se a população não se sente segura, ela não sai de casa para comprar – afirma o presidente do Sindilojas, Ronaldo Sielichow.
PMs serão treinados pelo fornecedor para conhecer o sistema, e os aparelhos deverão começar a ser usados nos próximos dias. Autor do projeto denominado Comunicação Total, o major André Luiz Nickele Córdova, comandante da 1ª Companhia do 9º BPM, explica que o objetivo é garantir um atendimento mais ágil, complementar ao 190 (o telefone de emergência da BM), e fortalecer a cultura do policiamento comunitário.
– Teremos um linha direta com os estabelecimentos comerciais, de serviços e de educação, que saberão o número do telefone do PM mais próximo – afirma.
O projeto visa a diminuir os índices de crimes, situação que já vem acontecendo a partir do acréscimo de PMs nas ruas. De acordo com o major, a expectativa é de reduzir entre 20% e 60% os casos como furtos e roubos a pedestres, a veículos e ao comércio.
– O policiamento no Centro está ótimo, e a tendência é ficar ainda melhor – comemora Antônio Sanzi, comerciante há 32 anos na Rua Voluntários da Pátria, dono da Loja Jony Calçados.
O major lembra que o projeto é experimental, buscando atender ao comércio, responsável por estimular uma circulação estimada de 500 mil pessoas por dia no Centro – equivalente a um terço da população da Capital. À medida que atingir resultados positivos, poderá ser estendido também para moradores do Centro. O trabalho será acompanhado pelo comando-geral da Brigada.
Segundo o subcomandante-geral, coronel Jones Calixtrato Barreto dos Santos, o resultado poderá incentivar uma eventual ampliação do projeto para outros pontos da Capital ou do Estado.