Brasileiros estão ávidos para gastar

Crise financeira na Grécia, inflação em alta e aperto monetário no Brasil. Nada disso abalou a disposição do brasileiro em gastar. Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC) obtido…

Crise financeira na Grécia, inflação em alta e aperto monetário no Brasil. Nada disso abalou a disposição do brasileiro em gastar. Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC) obtido pelo Correio, na comparação entre abril e maio, o indicador que mede a disposição das família sem ir às compras avançou 2%.

Quando se olha apenas para o índice atual de consumo, o salto foi de 3,8%. Já a intenção futura de compras cresceu 1,7%. Esses números, junto com os dados de satisfação do consumidor, formam um dos melhores meses para o varejo do país, graças aos recordes de geração de empregos, à expansão da renda e ao alongamento dos prazos de financiamentos.

A despeito de o Banco Central ter iniciado o processo de elevação da taxa básica de juros (Selic), a pesquisa da CNC constatou que ainda está “fácil” obter crédito frente a outros meses. Na comparação com abril, cresceu 3,6 pontos percentuais a quantidade de entrevistados que declararam ter encontrado facilidades nos empréstimos. Entre elas, taxas não tão elevadas e menos burocracia. “O consumidor ainda não se incomoda com os juros porque a alta promovida pelo BC não foi tão substancial. O alongamento dos prazos também tem diluído no tempo o custo do crédito e dado a impressão de que o peso é menor no bolso”, explicou o economista-chefe da Confederação, Carlos Thadeu de Freitas Gomes.

Segundo Fábio Gallo Garcia, professor de finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV), o pós-crise trouxe os bancos particulares de volta à competição no mercado de crédito. Em contrapartida, aumentou fortemente o endividamento do brasileiro. “Atualmente, os consumidores têm grande propensão ao consumo de bens duráveis como carros, motos, TVs de tela plana e computadores, que custam mais de R$ 5 mil. Com esse aquecimento, as autoridades monetárias já começaram a lançar mão de instrumentos para segurar o crescimento do consumo”, avaliou. A seu ver, para barrar um pouco a disposição do brasileiro em gastar, o BC terá que aumentar a intensidade do ajuste da política monetária.

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