Cai número de famílias gaúchas endividadas
A geração de empregos no Estado do RS pode ser uma das explicações para a grande queda no número de famílias gaúchas endividadas e inadimplentes. O resultado da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência…
A geração de empregos no Estado do RS pode ser uma das explicações para a grande queda no número de famílias gaúchas endividadas e inadimplentes. O resultado da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência das Famílias (PEIF_RS) referente ao mês de junho teve retração no número de famílias endividadas, passando de 73% em maio para 64% em junho. Esta é a menor parcela de endividados desde o início do ano. A PEIF_RS é realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e divulgada pela Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do RS (Fecomércio-RS). Para o economista da Fecomércio-RS, Pedro Ramos, pode explicar essa queda os mais recentes números do Caged que mostraram que, até o mês de maio, foram geradas no Estado 97 mil novas vagas de trabalho. Com a melhora da renda, as pessoas tenderiam a quitar débitos, por isso a diminuição no número de endividados. Para se ter uma idéia do alto volume de empregos, nos anos anteriores esse resultado supera a geração emprego do ano inteiro. Em 2009 foram 64 mil vagas, em 2008 foram 90 mil vagas e, em 2007, o ano todo gerou 94 mil novos empregos. Em relação ao percentual de famílias que possuem 50% ou mais da sua renda comprometida, o indicador subiu, ficando em 24%. Já aqueles que possuem menos de 10% da renda comprometida com dívidas ficaram na faixa de 20%. “Essa aumento do comprometimento da renda não chega a ser perigoso, uma vez que as famílias estão com alto nível de consumo, mas sem que isso acarrete em uma mudança no comportamento global de inadimplência. Pelo contrário, a mudança ocorreu no sentido de uma queda significativa da inadimplência”, avalia Pedro Ramos. Corroborando com a análise do economista, caiu de 9% para 6% em junho a porcentagem de pessoas que afirmaram que não terão condições de pagar seus débitos. Das dívidas que as famílias possuem, Ramos avalia que houve uma melhora do tipo de crédito buscado e também uma conscientização das famílias com os gastos. Isso por que a pesquisa mostrou que os tipos de dívidas sinalizaram opções mais baratas de crédito para as famílias. As dívidas com cartão de crédito lideram as escolhas, ficando com 58%. É seguido pelo uso dos carnês (42%), crédito pessoal (14%), financiamento de carro (12%) e cheque especial (6%).