Capital mantém liderança no custo da cesta básica
Após oito meses consecutivos de alta, o preço da cesta básica em Porto Alegre registrou queda de 6,99% em agosto. Houve recuo em 15 das 16 capitais analisadas pelo Dieese. Conforme pesquisa apresentada ontem,…
Após oito meses consecutivos de alta, o preço da cesta básica em Porto Alegre registrou queda de 6,99% em agosto. Houve recuo em 15 das 16 capitais analisadas pelo Dieese. Conforme pesquisa apresentada ontem, apenas Goiânia apurou alta de 1,15% para os produtos básicos. Apesar de os preços terem caído, a capital gaúcha foi, mais uma vez, a localidade do país com maior custo para os gêneros alimentícios essenciais – total de R$ 241,16. O valor foi praticamente o mesmo apurado em São Paulo, que ficou em R$ 241,15. As cestas mais baratas foram encontradas em Recife (R$ 176,09) e em Fortaleza (R$ 178,37).
Dos 13 produtos que compõem o conjunto e gêneros essenciais previstos para Porto Alegre, oito tiveram queda em agosto, com destaque para o tomate (menos 44,06%), seguido do óleo de soja (4,02%). As maiores altas foram verificadas no preço da batata (7,41%) e do café (6,81%), enquanto o açúcar e o arroz ficaram estáveis. Com a diminuição, o trabalhador com rendimento equivalente a um salário mínimo precisou, em agosto, cumprir jornada de 127 horas e 51 minutos para adquirir os alimentos, abaixo da de julho (137 horas e 27 minutos) e superior à exigida em agosto de 2007 (119 horas e 29 minutos). Além disso, o valor da cesta básica representou 63,16% do salário mínimo líquido, contra 67,91% em julho. “”Há aumento do poder de compra do trabalhador””, observou Daniela Sandi, economista do Dieese. Com base no custo para a cesta em Porto Alegre, o Dieese estima que o salário mínimo em agosto deveria ser de R$ 2.025,99 (4,88 vezes o piso atual, ante 5,25 vezes em julho).