Carnaval, folia e negócio

Os quatro dias de festa proporcionam diversão aos foliões, trabalho às escolas de samba e lucro aos lojistas

Fevereiro é o mês do Carnaval. Todo o País se mobiliza em torno dos quatro dias de folia. Algumas pessoas preferem descanso, outras querem festa 24 horas por dia. Além de proporcionar diversão para a grande maioria da população, o evento também é sinônimo de trabalho para as escolas de samba que se preparam o ano inteiro para este momento e ainda para os lojistas que abrem suas lojas com a intenção de ganhar alguns dias a
mais no orçamento.

O presidente da Associação de Entidades Carnavalescas de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul (Aecpars), com mais de 52 anos de história, Antônio Ademir de Moraes, conhecido como Urso, explica que o Carnaval acontece o ano inteiro. “Nós temos a responsabilidade de fazer tudo dar certo juntamente com a Secretaria Municipal da Cultura. Damos duro todos os meses para que nada saia errado na hora dos desfiles no Porto Seco. O Carnaval
de Porto Alegre já é considerado hoje, por muitos carnavalescos, um dos maiores espetáculos do País. Neste ano, está muito mais moderno e muito mais atrativo. Vale a pena conferir”, destaca o presidente da Aecpars.

Para o comércio, o Carnaval também pode ser considerado uma data atrativa. Pelo menos para quem oferece produtos que tem alguma relação com a folia. É o caso da Multisom, tradicionalmente reconhecida pela venda de instrumentos musicais. A vice-presidente da marca, Aline Noveleto, explica que, devido ao aumento da procura nesta época do ano, existe sempre um acréscimo na compra de produtos como pandeiro, cavaquinho e percussão. “Também damos ênfase na mídia e oferecemos liquidações para atrair mais clientes”, ressalta. As lojas de rua da Multisom não abrem na segunda e na terça-feira de Carnaval, mas as de shopping fcam abertas na segunda-feira. “Considerando apenas as vendas de shopping, o lucro supera em 80% a venda
de um domingo onde abrimos as mesmas lojas”, destaca Aline.

O Carnaval começa oficialmente no dia 15 de janeiro. Nos dias 20, 27 janeiro e 03 de fevereiro ocorre a tradicional descida da avenida Borges de Medeiros. Já nos dias 10, 11 e 12 de fevereiro é a vez da Muamba – tradicional preparação das escolas de samba para o carnaval. E enfim, os desfles nos dias 17, 18, 19 e 20. Porto Alegre conta com 24 escolas e duas tribos. As principais são: Estado Maior da Restinga (atual campeã), Imperadores do Samba, Império da Zona Norte e Imperatriz Dona Leopoldina. O presidente da Aecpars, Urso, faz um apelo fnal. “O setor empresarial deveria investir mais no Carnaval de Porto Alegre. Ele está crescendo muito nos últimos anos e tende a crescer mais ainda. Precisamos de apoio se quisermos alçar voo”, fnaliza.

Em Porto Alegre

Segundo a Associação de Entidades Carnavalescas de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul (Aecpars), as primeiras manifestações carnavalescas em Porto Alegre foram registradas no século XVIII, quando os açorianos faziam brincadeiras de rua, chamadas de “Entrudo”, na qual as pessoas atiravam uma nas outras limões, ovos e farinha. Mas foi somente no século seguinte que surgiram as primeiras sociedades carnavalescas: a Esmeralda (verde e branco) e os Venezianos (vermelho e branco) tomaram o lugar nas ruas da cidade e criaram, inclusive, uma rivalidade entre ambas. Depois disso, vieram os bailes no Theatro São Pedro e a folia nos bairros. À época, os homens adoravam se vestir de mulheres, característica que permanece até hoje nas festas de rua. Foi na década de 1960 que surgiram as primeiras escolas de samba, aos moldes que conhecemos atualmente.

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