Com alta ou manutenção da Selic, Brasil fica no topo do ranking mundial de juro real
SÃO PAULO – O Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, se reúne desde terça-feira (31) para definir o novo patamar da taxa básica de juro (Selic), atualmente em 10,75% ao ano. Com…
SÃO PAULO – O Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, se reúne desde terça-feira (31) para definir o novo patamar da taxa básica de juro (Selic), atualmente em 10,75% ao ano. Com manutenção ou aumento, o Brasil manteria a posição de país com a maior taxa de juro real.
Com a Selic mantida, a taxa de juros reais, descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses, fica em 5,6% ao ano. Uma alta de 25 pontos-base, por sua vez, faria com que os juros fossem a 5,8% ao ano, enquanto que uma alta de 50 pontos-base provocaria uma elevação dos juros reais para 6,1% ao ano.
Os dados são do Ranking Mundial de Juros Reais, que é um comparativo entre as taxas praticadas em 40 países do mundo, elaborado pelo analista internacional da Apregoa.com – Cruzeiro do Sul, Jason Vieira, com a colaboração do analista de mercado da Weisul Agrícola, Thiago Davino.
Realidade
De acordo com os dados, com uma combinação de projeções mais modestas de inflação e uma taxa nominal alta de juros, o Brasil ocupa em todos os cenários o topo do ranking como o melhor pagador de juros reais do mundo, acima do maior pagador nominal da atualidade, que é a Venezuela.
“Outros países detêm projeções inflacionárias mais fortes, portanto, perdem posições no ranking e o Brasil conta com riscos mais modestos do que boa parte dos participantes, o que o torna um grande atrativo ao investidor internacional, favorecido ainda por uma taxa de câmbio que privilegia a valorização do real frente ao dólar americano”, diz a pesquisa.
Juros nominais
Outra lista elaborada, que também conta com 40 países, contém as nações com maiores taxas nominais de juros. Nela, o Brasil está na segunda posição, atrás da Venezuela. Na tabela abaixo, estão exemplificados os cinco primeiros e os cinco últimos colocados. Veja:
Taxas nominais
Posição – País
1º – Venezuela (18,38% ao ano)
2º – Brasil (10,75% ao ano)
3º – Argentina (9,89% ao ano)
4º – Rússia (7,75% ao ano)
5º – África do Sul (6,50% ao ano)
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36º – Suécia (0,50% ao ano)
37º – Suíça (0,25% ao ano)
38º – EUA (0,19% ao ano)
39º – Japão (0,10% ao ano)
40º – Cingapura (0,03% ao ano)