Comércio do Estado tem queda expressiva de 3,8% em maio, mostra índice da Fecomércio-RS
O comércio do Rio Grande do Sul apresentou, no mês de maio de 2009, variação negativa de 3,8% no seu volume de vendas, considerando-se como período de comparação o mesmo mês de 2008. O segmento varejista…
O comércio do Rio Grande do Sul apresentou, no mês de maio de 2009, variação negativa de 3,8% no seu volume de vendas, considerando-se como período de comparação o mesmo mês de 2008. O segmento varejista teve queda de 7,0%, com a única elevação ocorrendo no setor de combustíveis e lubrificantes (1,7%) e a maior queda em outros artigos de uso pessoal e doméstico (-20,1%). O segmento atacadista revelou um resultado com queda menos expressiva, finalizando o mês de maio com variação de -0,7%. O setor com maior taxa positiva (matérias-primas agropecuárias) ficou em 19,1%, e a maior queda foi registrada no setor material de construção, madeira, ferragens e ferramentas (-15,5%).
Os resultados compõem o IVC-RS (Índice de Vendas do Comércio do RS), divulgado hoje (24/7) pela Fecomércio-RS (Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do RS) em parceria com a FEE (Fundação de Economia e Estatística). Conforme a análise do economista da Fecomércio-RS, Pedro Lutz Ramos, a forte queda, principalmente no varejo, já era prevista para o mês de maio. “Sabia-se que os reflexos das demissões na indústria, mais acentuadas no começo do ano, seriam fortemente impactadas no comércio nesse período do ano. Além das efetivas demissões que ocorreram, o que diminui a renda do trabalhador e, como consequência, o consumo, há uma baixa na confiança, o que reduz a previsão de gastos”, explica Ramos.
Outro fator que pode ter influenciado os resultados foi a alta base de comparação, ou seja, o mês de maio está sendo avaliado em comparação a maio de 2008, período em que a economia estava bastante aquecida e com resultados de vendas bastante positivos. Para os próximos meses, Ramos acredita que os bons resultados possam voltar a acontecer, mas para isso será preciso haver outra dinâmica na economia. “Para os próximos trimestres será preciso que as demissões na indústria cessem. Assim, há a expectativa de maior confiança do consumidor, o que deve melhorar as vendas do varejo e atacado”, finaliza.