Comércio projeta recorde de vendas
O comércio eletrônico deve registrar crescimento de vendas de 40% neste Natal na comparação com a mesma data de 2009, segundo estimativas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net). Entre…
O comércio eletrônico deve registrar crescimento de vendas de 40% neste Natal na comparação com a mesma data de 2009, segundo estimativas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net). Entre o dia 15 deste mês e a véspera do Natal, as vendas online deverão atingir R$ 2,3 bilhões no país. Conforme Manuel Matos, presidente da camara-e.net, as vendas deste fim de ano serão puxadas pelos eletrônicos e itens de informática, que são produtos de maior valor unitário em relação aos livros, CDs e artigos de beleza comercializados na rede. – Este será o melhor ano do varejo online devido à entrada de novos consumidores e varejistas e ao amadurecimento da infraestrutura do comércio eletrônico – afirma Matos.
Também para o varejo tradicional, que reúne as lojas físicas, esse será o melhor Natal da história, projeta Altamiro Carvalho, economista da Fecomércio-SP. O desempenho das vendas de fim de ano será sustentado pelo ganho de poder de compra do consumidor que, segundo o economista, resulta de uma combinação inédita de fatores positivos: aumento da renda, do emprego e do crédito. Além disso, a ampliação da escala de produção, associada à maior competição entre lojas e também entre fabricantes forçam os preços para baixo.
Com base na projeção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) de que o 13º salário deste ano injetará R$ 101,8 bilhões no consumo, Carvalho calcula que, em termos reais (descontada a inflação), essa cifra terá acréscimo de R$ 14,3 bilhões em relação à massa do 13º salário de 2009.
Apesar do grande fluxo de dinheiro que vai circular na economia neste mês e no próximo, o consumidor não está disposto a gastar mais para levar para casa bens duráveis. Pesquisa Trimestral de Intenção de Compra no Varejo feita pelo Programa de Administração do Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração, em parceria com a Felisoni Consultores Associados, mostra que, de 10 grupos de produtos, em cinco deles a intenção de gasto neste fim de ano é menor do que no quarto trimestre de 2009. Nesse rol estão eletrodomésticos da linha branca, móveis, eletrônicos, informática e eletroportáteis. – Esse resultado mostra que o consumidor espera conseguir preço menor para produtos de melhor qualidade, com mais tecnologia. Não há pressão de preço nos componentes – afirma o diretor de Estudos e Pesquisas do Provar, Nuno Fuoto.