Compartilhar para crescer

Negócios que envolvem aluguel, troca ou partilha de produtos surgem como um promissor nicho de mercado e uma boa oportunidade de transformação para o varejo

A recente popularização de serviços prestados por empresas como Uber, Airbnb, Netflix e Spotify introduziu definitivamente o consumo compartilhado na vida dos brasileiros. Trata-se de uma “nova” prática comercial que possibilita o acesso a bens e serviços sem que haja a aquisição de um novo produto, atualmente favorecida pela crescente consciência ambiental e pela busca incessante por comodidade por parte dos clientes. No Brasil, alguns empreendedores já colhem os frutos dessa tendência.

Resolvendo um problema

Lembra daquele vestido caríssimo que você comprou para ir a um casamento e que só foi usado uma ou duas vezes? Na Dress & Go – a primeira loja virtual brasileira de aluguel de vestidos de festas assinados por grandes estilistas – você poderia alugá-lo por um valor até 80% menor. “Nós não queríamos criar uma necessidade. Nossa intenção era resolver um problema”, explica a cofundadora Mariana Penazzo. “Em 2012, quando abrimos nosso primeiro showroom, já sabíamos que a economia compartilhada era uma forte tendência no mercado. Então, além de promover um consumo consciente e sustentável na moda, buscamos otimizar ao máximo o tempo e o dinheiro das pessoas. No Brasil, o normal ainda é visitar dezenas de lojas, experimentar vários vestidos e, no fim, comprar uma peça cara. Conosco, é o contrário. Em menos de uma hora no nosso escritório, o cliente já encontra o vestido perfeito por um valor bem acessível”, diz Mariana. Além do site, a

Dress & Go possui duas lojas físicas, onde atende com hora marcada: uma em São Paulo (Rua Santa Justina, 352) e outra no Rio de Janeiro (Av. Afonso Arinos de Melo Franco, 222).

“O consumo compartilhado cria novos hábitos no cliente, pois ele percebe um prazer natural de otimizar seu tempo e dinheiro.” Mariana Penazzo, cofundadora da Dress & Go

Brincadeira sustentável

Há quase dez anos, o empresário Wagner Heilman também soube identificar uma demanda ideal para o consumo compartilhado: os brinquedos para crianças. “Normalmente, os pequenos enjoam de brincar com o mesmo item depois de um ou dois meses. Quem tem filho sabe disso. Então, em vez de comprar um carrinho de R$ 500, que rapidamente vai perder a graça, faz mais sentido usar  essa quantia para alugar dezenas de brinquedos diferentes ao longo do ano. É simplesmente um serviço melhor por um custo menor”, aponta Wagner, que é diretor do Clube do Brinquedo – um site de aluguel de brinquedos e acessórios para bebês e crianças, que disponibiliza mais de 700 itens diferentes. “Temos brinquedos que foram alugados 60 vezes para crianças distintas. Isso é sustentabilidade. Além disso, a criança aprende desde cedo a consumir de um modo mais saudável e compartilhado”, finaliza.

  • 79% dos brasileiros concordam que o consumo compartilhado torna a vida mais fácil e funcional
  • 71% admitem que possuir muitas coisas pode mais atrapalhar do que ajudar no dia a dia
  • 47% acreditam que a principal vantagem é a economia de dinheiro. Em seguida, vêm evitar o desperdício (46%), combater o consumo em excesso (45%) e ajudar o próximo (38%)
  • 68% se imaginam participando de práticas compartilhadas em no máximo dois anos

“Trabalhamos a partir de valores relacionados à sustentabilidade, além de oferecermos economia de tempo e dinheiro aos clientes.” Wagner Heilman, diretor do Clube do Brinquedo

Gostou deste conteúdo? Ele faz parte da deste mês da revista Conexão Varejo, publicação mensal do Sindilojas Porto Alegre. Na versão digital você pode conferir gratuitamente a edição completa. Clique aqui e aproveite. Boa leitura!

 

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