Compras ficam 12,4% mais caras na Capital

As compras dos porto-alegrenses que não abrem mão dos produtos de marca quando vão ao supermercado ficaram 12,4% mais caras em um ano, impacto bem mais alto no bolso do que apontam os índices oficiais de…

As compras dos porto-alegrenses que não abrem mão dos produtos de marca quando vão ao supermercado ficaram 12,4% mais caras em um ano, impacto bem mais alto no bolso do que apontam os índices oficiais de inflação, como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que subiu 6,37% nos últimos 12 meses. O levantamento anual de preços realizado pela Pro Teste – Associação de Consumidores mostrou ainda que o aumento foi de 5,57% para a Cesta 2, baseada em produtos mais baratos e sem marca definida.

A coordenadora da pesquisa, Michelle Marques, relata que as variações encontradas, tanto de marcas de produtos quanto de supermercados, são muito grandes em todo Brasil. “”Essa constatação mostra a importância de os consumidores pesquisarem preços e ficarem atentos para os aumentos acima da inflação.”” Foram pesquisados 1.010 estabelecimentos de 13 cidades brasileiras. O Paraná foi o estado no qual a cesta 2 subiu menos. Ainda assim, chegou a um índice de 9,43%. Na outra ponta do ranking está o Rio de Janeiro, com crescimento de 13,01%. Essa cesta não inclui carne, peixe, frutas e legumes, justamente o grupo de produtos que pressionou os índices de inflação mais fortemente.

A Pro Teste simula duas cestas de compras, que equivalem a dois perfis de consumidor: uma com 100 produtos de marca, outra com 86 sem marca, com menores preços. Em Porto Alegre, a Cesta 1 (produtos de marca) esteve mais barata no Big (Sarandi), ficando em R$ 231,75. A mais cara chegou a R$ 292,36, no Supermercado Franciele (Bento Gonçalves, 2003).
Na Cesta 2 (sem marca), os preços mais baixos foram encontrados no Hipermercado Big do bairro Sarandi, e os mais altos, no BR Mania Posto Petrobras (Farrapos, 265), por R$ 328,82. De acordo com a entidade, esse dado ajuda a constatar que os consumidores devem procurar as lojas de conveniência apenas para compras emergenciais, já que costumam ser mais caras. Entre os produtos, a maior variação em Porto Alegre foi do Creme de Leite Nestlé, chegando a 202 pontos percentuais (de R$ 1,29 o mais barato para R$ 3,90 o mais caro). Michelle destaca que Porto Alegre também apresentou grandes variações de um supermercado para outro. O Nacional da avenida Protásio Alves, 940, foi 13% mais barato na Cesta 1 que o Zaffari situado na mesma avenida, nº 3800. “”O consumidor deve ficar atento às diferenças de preços que ocorrem inclusive dentre lojas de uma mesma rede de supermercado ou à variação na mesma rua””, alerta.

O presidente da Associação Gaúcha dos Supermercados (Agas), Antônio Longo, afirma que a realidade hoje já é de deflação nos preços. Mas aconselha os consumidores a ficarem atentos. “”Há um amadurecimento das pessoas no momento das compras. Porém, é importante também perceber que, além do preço, questões como qualidade no atendimento e localização são decisivos no momento das compras””, observa.
Sobre as variações de preços de uma rede para outra, o dirigente explica que, em muitas situações, ocorrem negociações mais fortes com os fabricantes, o que se reflete em preços mais baixos em determinados momentos e em lojas específicas.

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