Concorrência é a principal preocupação entre as PMEs

Pesquisa Global da Zurich realizada com 200 PMEs do Brasil identifica a concorrência como a preocupação número 1 de 31,5% dos gestores brasileiros. Em segundo lugar, vem a falta de demanda do consumidor e estoque excedente, apontada por 28% dos entrevistados.

Pesquisa Global da Zurich realizada com 200 PMEs do Brasil identifica a concorrência como a preocupação número 1 de 31,5% dos gestores brasileiros. Em segundo lugar, vem a falta de demanda do consumidor e estoque excedente, apontada por 28% dos entrevistados. A preocupação de 31,5% com a concorrência neste 2015 representa um acréscimo de 6% em relação aos 25,5% registrados no ano de 2014. O índice nacional agora está equilibrado com o apontado pelas 3 mil empresas de 15 países envolvidas na pesquisa, de 34,4%. No entanto, a média global não oscilou tanto – estava em 32,9% em 2014.

O estudo aponta também que o Brasil está no caminho certo na cultura de gerenciamento de riscos. A Pesquisa Global da Zurich foi feita com 200 alto executivos de PMEs instaladas no País. Em relação ao ano anterior, reduziu-se pela metade o número de gestores que não acreditam que sua empresa corra algum risco – 11% contra 22% em 2014.

A tendência é que se tornem mais precavidos, uma vez que a não entrega de um produto pode além da perda de mercado ocorrer também reflexo da imagem da empresa”, analisa Paulo Alves, diretor de Linhas Comerciais da Zurich Brasil. Ao serem questionados sobre suas preocupações, 16,5% dos entrevistados no Brasil afirmam que as perdas no transporte de cargas um dos principais riscos para sua empresa.Comparado aos dados da pesquisa de anos anteriores, o índice quadruplicou em dois anos: em 2014, 9,5% apontaram esse tema como um risco para os negócios; e em 2013, apenas 4%. “A distribuição das mercadorias no território brasileiro é efetuada principalmente pelo transporte terrestre.

Hoje, 66% da carga é distribuída por caminhão, e o empresário precisa estar atento na contratação do agente transportador, observando motoristas qualificados e caminhões apropriados”, continua Alves. Dentre as causas de acidentes, entre os fatores apontados pelo especialista estão a idade média da frota dos caminhões (acima de 15 anos), poucos locais apropriados para descanso e pernoite, além dos gargalos logísticos e a má condição das estradas, entre outros.

Crescem as oportunidades

Mais do que apostar em novos clientes ou na diversificação de produtos e serviços, pequenas e médias empresas consideram a redução de custos como prioridade para seus negócios, revela Pesquisa Global Zurich. 46% dos gestores brasileiros apontam esta alternativa como uma “oportunidade”, índice 16% acima da média (30,6%) das 3 mil empresas de 15 países participantes do estudo. “Houve um aumento significativo em relação aos resultados de 2014, em que esta alternativa era considerada por 29% do empresariado nacional. O foco na redução de custos está sendo priorizado em relação à conquista de novos segmentos de produtos, mencionado por 35,5%, e à diversificação de produtos e serviços, citada por 23%.

Aumenta o interesse por exportação

As pequenas e médias empresas nacionais estão voltando a considerar a exportação como uma oportunidade de negócios. No ano passado, o Brasil esteve com o pior índice do mundo neste interesse, com apenas 5,5% das empresas com expectativas para o mercado exterior. Os resultados obtidos em 2015 mostram que duplicou para 11% o número de interessadas. As PMEs do Brasil estão na contramão da média global, que reduziu de 14,2% para 13,4% o foco nos mercados estrangeiros. Ainda que seis países estejam com índice acima ou igual (Portugal) aos 11% observados no Brasil, todos eles registraram baixa em relação ao ano anterior.

Os cinco países que reduziram o interesse em relação ao ano anterior são: Hong Kong (19,5%, meio ponto a menos do que em 2014), Emirados Árabes (12,5%, contra 16,5% no ano anterior), Marrocos (22,5% ante 25,5%), México (repetido 14,5%). Portugal empata nos 11%, mas também reduziu (de 13%). Dos 15 países pesquisados, apenas a Irlanda segue o Brasil no aumento de interesse (de 11% em 2014 para 16% no estudo de 2015).

Perda de fornecedores pode afetar desempenho

Comparadas com PMEs ao redor do mundo, as do Brasil são as que menos se importam com perda de fornecedor. Dos 200 empresários brasileiros consultados em pesquisa realizada pela Zurich, 57,5% afirmam que não sofreriam impacto algum caso perdesse seu principal fornecedor, porque outros supririam suas necessidades. 18,5% dizem que teriam impacto limitado, somente um pequeno atraso no processo de produção. E 15% declaram que não teriam impacto por não serem dependentes de nenhum fornecedor.

Cai a procura por crédito

Os gestores de pequenas e médias empresas nacionais reduziram o interesse por créditos, revela Pesquisa Global realizada em 2015 pela seguradora Zurich, com 200 entrevistados (leia mais, abaixo). A alternativa perdeu força em relação à análise realizada 12 meses antes: foi citada por 13% do empresariado, ante 24% nos resultados de 2014. O País vai na contramão se comparado à média global, que aponta aumento de 12,3% para 17% de interesse por crédito. O questionário foi realizado com empresários de 15 países, totalizando 3 mil PMEs entrevistadas.

 

Fonte: Jornal do Comércio

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